O lançamento da pedra fundamental do novo empreendimento do grupo J.Macêdo em Londrina, ocorreu na manhã desta quinta-feira (14), com a presença do governador do Paraná, Ratinho Junior. Uma das maiores empresas do ramo alimentício do Brasil, dona de marcas como Dona Benta e Sol, a companhia é a primeira a se instalar na nova Cidade Industrial de Londrina, complexo que está em implantação com apoio do Governo do Estado.
Com investimento inicial de R$ 250 milhões, o empreendimento é divido em três fases, com geração de 200 empregos e previsão de conclusão no início de 2026. Nas fases 2 e 3, serão investidos entre R$ 600 milhões e R$ 700 milhões, totalizando 800 empregos no novo parque industrial da J.Macêdo. A estrutura vai ocupar uma área de 276 mil metros quadrados e deve ser a maior da Cidade Industrial Londrina, que abrange área total de 1,1 milhão de metros quadrados – a previsão é que abrigue cerca de 100 empresas de diversos portes.
“É um anúncio praticamente bilionário da J.Macêdo, fruto de um trabalho da prefeitura de Londrina junto com o Governo do Estado na atração de investimentos. E esse empreendimento é geração de empregos na veia. É o pai de família, a mulher, o jovem tendo oportunidade de trabalhar”, destacou o governador.
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Ratinho Junior disse que o investimento da indústria de alimentos reforça o bom momento da economia paranaense que, segundo o Banco Central, foi a que mais cresceu em 2023, com avanço de 7,8%. “Uma empresa como a J.Macêdo, líder de mercado no segmento de alimentos, acaba sendo um cartão de visitas para outras empresas se instalarem aqui em Londrina e na região. E isso aumenta cada vez mais a força industrial de Londrina”, destacou o governador.
O prefeito Marcelo Belinati também comemora o bom momento na segunda maior cidade do Paraná. “Não estamos falando aqui de uma indústria, mas sim de um complexo industrial, com fábrica de macarrão, de biscoito, com centro de distribuição. Enfim, toda uma estrutura com silos para receber insumos e produtos que são tão conhecidos nacionalmente”, pontuou.
Avanços tecnológicos
A J.Macêdo é uma das maiores empresas de alimentos do Brasil, líder e referência nacional nos segmentos de farinha de trigo e de misturas para bolos e a segunda maior companhia de massas alimentícias, com atuação em Londrina desde 1975. A nova unidade faz parte do plano de expansão de longo prazo da companhia, que será executado em três fases.
A primeira fase será a construção de um moinho. A estrutura vai mais do que quadruplicar a atual capacidade de processamento da empresa em Londrina, chegando a 450 mil toneladas por ano. O investimento também contempla o armazenamento de 40 mil toneladas de trigo em grão e um Centro de Distribuição que vai atender a Região Sul e parte das Regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. A conclusão dessas obras está prevista para abril de 2026.
O diretor-presidente da J.Macêdo, Irineu José Pedrollo, destacou o salto de tecnologia que a companhia vai dar com a nova estrutura na Cidade Industrial de Londrina. Segundo o executivo, a unidade será uma das principais bases de produção da empresa em todo Brasil.
“Há uma diferença de tecnologia brutal. O nosso atual moinho é da década de 1950, e esse é um projeto do século 21, incorporando a mais moderna tecnologia. Nós produzimos hoje 100 mil toneladas por ano de trigo e nessa nova estrutura vamos processar na primeira fase 220 mil toneladas. Com a ampliação, iremos para 450 mil toneladas de trigo processadas”, afirmou.
Cidade indústrial de Londrina
O Governo do Paraná está investindo R$ 36,7 milhões para a construção da Cidade Industrial de Londrina. O valor foi disponibilizado pela Secid (Secretaria de Estado das Cidades), via SFM (Sistema de Financiamento de Ações nos Municípios). O governador Ratinho Junior também anunciou que o Estado vai ajudar a concretizar a duplicação da Avenida Saul Elkind, que dá acesso ao local.
Ela começou a ser construída há cerca de um ano, em abril de 2023, e está com 32% das obras executadas. A previsão de conclusão é no segundo semestre desse ano. O projeto contempla serviços preliminares, terraplenagem, drenagem, pavimentação com CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado à Quente), serviços de urbanização, redes de água e esgoto, iluminação pública, muros e guarita de controle de acesso. O Governo do Estado é responsável pela fiscalização da obra.
Cerca de 10 mil empregos devem ser gerados pelo empreendimento
A expectativa é de que ao menos 10 mil empregos sejam gerados pelo empreendimento industrial. Alguns dos atrativos são a proximidade com postos de combustíveis, faixas verdes aos fundos e no miolo do terreno, e o formato em loteamento fechado para garantir e inspirar segurança e economicidade, num sistema de gestão compartilhada.
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