Mais mudanças no trânsito da Gleba Palhano (Zona Sul) deverão ser implementadas nas próximas semanas, após a finalização de um projeto do IPPUL (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano).
A Rua João Wyclif, que segue do Lago Igapó 2 até o semáforo para o cruzamento com a Avenida Madre Leônia Milito, comporta, atualmente, duas faixas trafegáveis e uma terceira que divide as pistas. Com base em demandas da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) e de uma escola, localizado na rua, a pretensão é “sair de lá com uma faixa a mais transitável”, antecipou à FOLHA Alexander Hulsmeyer, arquiteto e diretor de Trânsito e Sistema Viário do IPPUL.
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A estimativa é que o projeto, em caráter de urgência, seja finalizado em uma semana e meia, sem previsão de quando será colocado em prática. A princípio, contempla o aumento do número de vias trafegáveis, sendo duas faixas descendo sentido Lago Igapó e uma subindo sentido Madre Leônia, e mudanças nas sinalizações horizontais e verticais.
Sem "dar 100% de certeza”, o diretor contou que a ideia é que as alterações sejam feitas na João Wyclif em sua totalidade. Por enquanto, a convicção “é que a maior parte das mudanças vai ocorrer na frente da escola e na quadra de baixo”, com base nas dimensões das vias.
Duas demandas
O envolvimento do IPPUL se deu por conta da sobreposição de necessidades da CMTU e da escola, contou o arquiteto. A Companhia está em processo de recapeamento da João Wyclif, tendo assim, solicitado ao Instituto um projeto de sinalização, visto que a nova camada de asfalto vai cobrir os sinais atuais.
Já o IPPUL havia pedido um EIV (Estudo de Impacto de Vizinhança) à escola, considerando que a instituição é um polo gerador de tráfego. Hulsmeyer informou que o colégio está terminando um processo de alvará de funcionamento, no qual foi elaborado o EIV, e que o Instituto pede normalmente medidas mitigadoras.
O diretor garantiu que o Instituto não está assumindo compromissos que deveriam ser do empreendedor, por conta do EIV e as medidas mitigatórias, mas sim, atendendo as duas demandas por terem se coincidido. “Nós estamos fazendo o atendimento de uma necessidade da CMTU, em virtude do recapeamento que eles estão fazendo, e teria que alterar a sinalização horizontal de qualquer jeito, mais as exigências do EIV. Pode ser que, nesse primeiro momento, só algumas intervenções que ficaram por cargo da CMTU sejam implantadas. As demais que ficarem por obrigação do empreendedor vão sendo implantadas ao longo do prazo legal que ele tem para fazer isso”, considerou.
Como executora de parte do projeto, a CMTU objetiva “melhorar a fluidez do trânsito e o aproveitamento melhor daquela via, já que ela é uma rua larga, até porque aquela área de canalização no meio perdeu um pouco o sentido ao longo do tempo. Hoje é uma via extremamente movimentada, daí a necessidade de otimizar e organizar melhor o fluxo e a vida na região”, pontuou Laércio Voloch, gerente operacional de Trânsito.
Impedir a obstrução
Hulsmeyer disse ainda que o foco da alteração, em “deixar duas faixas descendentes e uma subindo”, é para que não haja obstrução total, em nenhum momento, da via que se encontra em frente ao colégio. “Mesmo que aconteça algum problema com os pais que estão chegando, que, eventualmente, não respeitarem as áreas de embarque e desembarque, a ideia é que a gente evite o bloqueio da via, que sempre tenha, pelo menos, uma via passando em frente à escola e num sentido descendente”. Completou ainda que “isso se reflete na via como um todo”.
O projeto faz parte de um pacote de intervenções para garantir mais fluidez ao trânsito e segurança aos pedestres, pontuou o diretor. Ainda não se sabe qual será o valor das mudanças, visto que o IPPUL somente repassa o projeto ao órgão executor, e ele ainda não foi finalizado para que a CMTU o receba. Porém, Hulsmeyer garantiu que “a maior parte desse custo vai ser bancado pelo empreendedor, que faz parte do EIV dele, como a implantação dos semáforos para pedestres”.
Novas Regras
A alteração na João Wyclif vem após mudanças nos locais de estacionamento na Rua Ernâni Lacerda de Athayde, também na Gleba Palhano. Com regras implementadas no dia 19 de agosto e nesta segunda-feira (1º), motoristas ficaram proibidos de estacionar nos dois lados do canteiro central da Rua, entre a João Wyclif e Avenida Ayrton Senna, tanto no sentido centro-bairro, quanto no bairro-centro. Com placas de sinalização já postas, a proibição vigora de segunda a sexta das 7h às 19h.
Motoristas de aplicativos pedem mais vagas
Motoristas de aplicativo realizaram um protesto em frente à Prefeitura de Londrina na manhã desta quarta (03), buscando falar com o prefeito Tiago Amaral (PSD) sobre a criação de mais pontos de embarque e desembarque pela cidade. Sem a possibilidade do encontro, parte dos trabalhadores dirigiu-se à sede da CMTU para conversar com Rafael Sambatti, diretor de Trânsito.
A assessoria informou que “o Sambatti pediu pra eles colocarem tudo no papel e formalizarem. Não se deliberou nada”, afirmando que parte dos pedidos já haviam sido contemplados pela Companhia. “A Gleba Palhano é um dos locais que mais receberam estas vagas (de estacionamento de curta duração e embarque e desembarque), justamente por causa desta carência. Mas os estudos continuam e podem acontecer uma expansão no número de vagas”, completou.
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