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Sete de setembro

Grito dos Excluídos em Londrina cobra igualdade social e critica violência policial

Walkiria Vieira - Grupo Folha
07 set 2023 às 15:01

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- Roberto Custódio
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Dois movimentos também marcaram o Sete de Setembro em Londrina, data em que é celebrado nacionalmente o Dia da Independência do Brasil. No Calçadão, localizado na avenida Paraná, grande número de pessoas se reuniu para dois atos: o 29º Gritos dos Excluídos, sob a perspectiva de direitos fundamentais como moradia, trabalho, dignidade, saúde e educação. E também ocuparam um dos cartões-postais de Londrina o grupo Justiça por Almas, em memória de vítimas da letalidade policial do Estado do Paraná.


De modo pacífico e organizado, ambos as manifestações contaram com apoio da sociedade. Presente às manifestações, o arcebispo da Arquidiocese de Londrina, Geremias Steinmetz, expôs o seu apoio a ações que oferecem à sociedade dignidade e moradia. Steinmetz também se solidarizou às famílias vítimas de violência e aos casos recentes de feminicídio em Londrina. "Estamos juntos com essas pessoas para que elas possam pelo menos continuar de pé e lutando", solidarizou-se.

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Movimentos pastorais marcaram o evento por meio de atos simbólicos. Rosi Diniz integra a Pastoral Social da Arquidiocese. O arroz, a palavra e água compuseram uma representação que culminou com o destaque do elemento água como representação da vida em abundância.

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A acolhida aos refugiados também estava na pauta do 29º Gritos dos Excluídos. O casal de venezuelanos Dairelus Ledezma, 22 anos, e Miguel German, 28, está no Brasil desde 2019. No período de quatro anos, já viveu em Boa Vista, capital de Roraima, Minas Gerais e há pouco mais de um ano está no Paraná. Contam que a falta de trabalho e condições mínimas de sobrevivência os levaram à deixar a Venezuela.


Em Londrina há dois meses, explicam que estão se mantendo como diaristas. "Temos o apoio da Caritas. Estamos morando no Flores do Campo", diz Ledezma. Confiantes em um futuro mais próspero, sobretudo para a filha de quatro anos, que se chama Daimig, contam que sentem falta da terra natal. "Uma cama, um dia podemos comprar de novo, mas o que me dói é saber que nunca mais poderei ver os álbuns de fotografia e mostrar para minha filha os avós e como eu era como criança", lamenta.


LEIA MAIS NA FOLHA DE LONDRINA.


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