O Festival SouGeros - que acontecerá entre os dias 7 e 8 de julho, na PUCPR campus Londrina - discutirá, com a presença de uma especialista em geroarquitetura, sobre a longevidade no Paraná e o planejamento de casas para pessoas com mais de 50 anos.
A participação é gratuita e as inscrições são solidárias. A programação completa ainda será divulgada, mas, terá palestras, oficinas e o Desafio Geros, entre outras atividades, trazendo especialistas das mais variadas áreas.
“Geroarquitetura é um termo novo, que eu criei, tem uns três anos. É a junção de gerontologia com arquitetura. Gerontologia é um estudo mais amplo sobre o envelhecimento. Então, a gente junta na arquitetura com essa visão do processo de envelhecimento não apenas na parte biofuncional, mas, também, na parte social e psicológica”, explica a arquiteta Flavia Ranieri, graduada pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), especialista em Gerontologia pelo Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein.
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Flavia leciona nas principais instituições de ensino de São Paulo (Albert Einstein, Sírio Libanês e USP) e é responsável pela arquitetura de interiores dos projetos imobiliários para idosos mais emblemáticos recentemente lançados no Brasil, além de ser premiada na mostra CASACOR e projeta produtos para a longevidade.
Flavia será uma das painelistas do Festival SouFeros, no sábado (8), às 14h, no Auditório João Paulo II, com o tema “Os desafios e oportunidades da moradia na Longevidade”. De acordo com ela, hoje em dia a preocupação de projetos mais acessíveis e funcionais é maior do que antigamente.
“A gente fala de uma perspectiva mais contemporânea e moderna, afinal os 60+ são ativos, trabalham, são independentes. E saímos um pouco da esfera da moradia e vamos para outros ambientes, como restaurante, teatro, trabalho. Precisamos pensar em incorporar a visão da diversidade do envelhecimento em projetos de geroarquitetura.”
Entre as tendências da geroarquitetura, além de projetos personalizados, está a preocupação com ambientes de convivência. “Hoje temos a preocupação da participação social, porque as pessoas nessa idade ficam mais isoladas. Então, precisamos desenvolver ambientes para se encontrarem, desenvolverem relações humanas, como trabalhar acústica e iluminação adequada para conversarem, enxergarem o cardápio. Tudo isso inibe as pessoas de usarem os espaços”, avalia. Outra tendência é a moradia coletiva em que diversos serviços são compartilhados, inclusive o de cuidadores.
Inscrição solidária
1kg de alimento não perecível. Pelo site ou no ponto físico do festival, nas óticas Visolux, em três endereços: Av. Ayrton Senna da Silva, 677, loja 4, R. Senador Souza Naves, 422 e R. Senador Souza Naves, 364.