Londrina

Com casos de hanseníase em alta, Londrina promove o Janeiro Roxo

20 jan 2025 às 08:45

As autoridades em saúde pública promovem neste mês as ações de conscientização do Janeiro Roxo, referente ao combate à hanseníase. 


Em Londrina, o número de casos registrados da doença teve um salto considerável de 53% em 2024 na comparação com os anos anteriores. O município registrou 39 ocorrências no ano passado, contra uma média de 26 casos entre 2021 e 2023. 


Para reverter este crescimento, as ações, que terão seu ápice no Dia Mundial Contra a Hanseníase, marcado para o domingo (26), apostam no diagnóstico precoce e tratamento.


A enfermeira Flávia Meneguetti Pieri, também professora e coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UEL, conta que além de sofrer com os efeitos da doença, o paciente também precisa enfrentar o tabu em torno da doença. 


“O Janeiro Roxo tem o objetivo de promover informação, enfrentar o estigma e discriminação que os pacientes sofrem, além de incentivar o diagnóstico precoce e o tratamento da doença”, detalha.


Ao longo das últimas décadas, o Brasil registra avanços no combate ao estigma. O termo "lepra" e seus derivados não podem ser utilizados na linguagem conforme Lei no. 9.010, de 29 de março de 1995. No entanto, 


Segundo Pieri, o país não possui leis discriminatórias contra as pessoas acometidas pela hanseníase e seus familiares. “Embora destaque-se por ser o primeiro país no mundo que desenvolveu legislação que proíbe linguagem discriminatória contra as pessoas acometidas pela hanseníase, representando importante avanço para a garantia dos direitos das pessoas atingidas pela hanseníase, não existe nacionalmente penalidades impostas para quem as infringirem”, lamenta.


Pieri lista as consequências dos atos discriminatórios. “Aspectos relacionados ao estigma e à discriminação promovem a exclusão social e, ao mesmo tempo, podem produzir consequências negativas. Isso resulta em interações sociais desconfortáveis, limitando o convívio social, sofrimento psíquico e, consequentemente, pode interferir no diagnóstico e adesão ao tratamento da hanseníase, perpetuando um ciclo de exclusão social e econômica”, expõe.


TRANSMISSÃO


A hanseníase é uma doença infecciosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae que afeta a pele, os nervos periféricos, os olhos e a mucosa nasal. 


A transmissão ocorre por gotículas provenientes do nariz e da boca durante o contato próximo e frequente com casos não tratados. O diagnóstico precoce e o tratamento, fornecido gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde), garantem a cura da doença.


Leia a reportagem completa na FOLHA DE LONDRINA:


Continue lendo