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Duração de 5 horas

CMTU promove curso de pilotagem defensiva para mulheres em Londrina

Heloísa Gonçalves - Especial para a Folha
08 mar 2025 às 10:47

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Roberto Custódio
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Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, a CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização), em parceria com a Prefeitura de Londrina, por meio da Secretaria Municipal de Recursos Humanos, promoveu nova edição do “Curso de Pilotagem Defensiva para Motociclistas” nesta sexta-feira (7), desta vez, exclusivo para mulheres. O programa gratuito teve duração de cinco horas e foi realizado na prefeitura, dividido entre módulo teórico e prático.


O curso ofereceu um treinamento com foco na prevenção de situações adversas nas ruas, além de mostrar técnicas que garantem a segurança e controle do veículo. Eder Junior Araújo, coordenador de Educação de Trânsito da CMTU, explicou à FOLHA que a porção teórica do programa apresentou atualizações do Código de Trânsito Brasileiro. “A gente está tendo muitos sinistros envolvendo motociclistas, então é um momento para elas aprenderem. Como a legislação está sempre atualizando, as pessoas têm dúvidas, o que pode e o que não pode. Abordamos algumas coisas sobre curva, corredor, frenagem, e abrimos para discussão.”

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O órgão municipal já promoveu outras edições do curso sem a exclusividade para mulheres, porém, a distinção nas atividades desta sexta foi um atrativo para as participantes, afirmou o agente. “Às vezes vem um homem com uma moto maior, então deu para perceber que elas se sentem melhor no grupo feminino, mais acolhidas.”

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Araújo disse ainda que os ensinamentos foram adaptados ao cotidiano das interessadas. “Mostramos que os acidentes podem acontecer às vezes em um raio de dois, três quilômetros de suas casas, então não é só em viagens que você tem que redobrar a atenção.”

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Programação


O conteúdo foi apresentado a partir dos tópicos “Pilotando de Forma Segura”; “Pilotagem nas Curvas”; “Frenagem”; “Uso dos Equipamentos de Proteção”; “Inspeção e Manutenção Preventiva”; “Passageiros”; e “Evitando Pontos Cegos”.


Para a instrução prática, cones foram usados para a montagem de um circuito no estacionamento da prefeitura, no qual as participantes, habilitadas na categoria A, utilizaram suas próprias motos e capacetes. “Separamos esse espaço para elas sentirem mais confiança na moto delas para encarar o trânsito que a gente tem hoje”, elucidou o agente municipal.

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Deise dos Santos Souza é fisioterapeuta e pilota moto há três meses, utilizando o veículo principalmente aos fins de semana. “Eu tenho muito medo ainda, então preferi pegar as técnicas antes de realmente ir para a rua sem ter noção. Agora eu já estou tomando um pouco mais de confiança por estar aprendendo essas técnicas de defesa”.


A enfermeira Simone Viotto dirige moto há 11 anos, sendo seu principal e diário meio de locomoção. Neste período, já se envolveu em vários acidentes, tendo derrapado em uma descida e caído e ralado partes do corpo no caso mais recente.

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Mesmo com experiência nas ruas, a enfermeira buscou o curso de pilotagem para se aperfeiçoar. “Quando a gente tira a carteira de habilitação para moto só aprende na pista, não vai na rua treinar. Quando me vi tendo que sair na rua parecia que eu não sabia dirigir”, relembrou.


Viotto considerou que os módulos do programa municipal deveriam ser ensinados nas autoescolas, e “não só decorar, como se faz na pista de moto”. Rindo, a enfermeira disse ainda que se já soubesse das lições apresentadas, não teria se envolvido em tantos acidentes.


Preocupação no trânsito


De acordo com a a CMTU, foram registrados 64 óbitos no trânsito de Londrina no ano passado, sendo 33 de motociclistas. Para Araújo, o dado é “preocupante” e reforça a importância do treinamento de pilotagem. “Precisamos da autorresponsabilidade de cada um, com o seu equipamento, com a sua vida. Os motociclistas precisam ter mais cuidado”, finalizou o coordenador de Educação de Trânsito da CMTU.


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