O monopólio da transmissão de jogos ou torneios esportivos sempre foi um problema no Brasil. Porém, nos últimos anos, a fragmentação de toda essa audiência tem transformado a maneira pela qual assistimos a jogos de futebol, basquete e outros esportes. A grande questão é que o excesso de alternativas também gera problemas – e principalmente custos. O brasileiro acaba gastando mais, e não só com pacotes caros de TV a cabo, mas também com a internet.
Em 2017, o canal Esporte Interativo realizou uma ousada façanha ao conseguir os direitos de exclusividade para transmitir a Liga dos Campeões da Europa. A empresa teria gasto mais de R$ 100 milhões para fazer com que o negócio desse certo. O torneio europeu é uma das maiores competições de futebol do mundo e é responsável por atingir um grande público. Na final disputada este ano, por exemplo, a audiência bateu os 2,5 milhões de espectadores.
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Não foi apenas a Liga dos Campeões que mudou de dono. Na verdade, o canal ESPN Brasil sofreu com o surgimento da FOX Sports e perdeu os direitos de transmitir não apenas o Campeonato Inglês, mas também o Italiano e até mesmo o Espanhol. A situação gerou um prejuízo de quase 1 milhão de assinantes. Porém, isso mudou no ano passado, quando o canal voltou a conseguir alguns torneios e recuperou audiência.
Além dos mencionados canais, o brasileiro ainda tem a opção da SporTV e da Globo, que são as líderes de audiência graças ao alto investimento. Os dois canais não apenas transmitem o Campeonato Brasileiro, mas também são os principais responsáveis pela cobertura de eventos como as Olimpíadas ou os Jogos Pan-Americanos.
Mais alternativas e mais custos
Toda essa briga por direitos de transmissão deveria, teoricamente, gerar um menor custo para o espectador, porém, não é bem assim que acontece. Um exemplo é o Campeonato Brasileiro, que até tem transmitidos um ou dois jogos por semana na Globo ou na SporTV, mas, para acompanhar todos os jogos, é preciso desembolsar cerca de R$ 59,99 mensais, que é o custo de um assinante do Premiere Futebol Clube.
Isso apenas para acompanhar o Brasileirão. Se a ideia for assistir futebol europeu, torneios de basquete, NFL, MotoGP e outras categorias, será preciso assinar pacotes de TV paga que ultrapassam, com tranquilidade, os R$ 400 por mês. Só assim para ter disponível todos os canais esportivos que existem no Brasil. É uma variedade que, por gerar custos para o cliente, deixa a transmissão menos acessível.
O portal R7 fez um levantamento que mostra como a TV paga consome o tempo e o dinheiro dos brasileiros. Um pacote com 150 canais chega a custar, em média, cerca de R$ 250, ou seja, o assinante gasta 12,1% do salário apenas para acompanhar diferentes canais. Os fãs de esportes, assim como os de filmes, acabam reféns dessa opção. Porém, esse gasto não se resume apenas à TV, já que a internet também pode entrar na conta.
Streaming em cena
Os portais de transmissão ao vivo 100% online estão ganhando cada vez mais espaço no Brasil. A tecnologia de streaming é a principal responsável por isso, principalmente devido à evolução pela qual tem passado. O uso de streaming está se disseminando de tal maneira que há diversos exemplos, para além dos jogos de futebol, de plataformas que estão se alinhando a essa tecnologia. O portal da Betway Cassino, por exemplo, utiliza essa inovação para produzir um ambiente de casa de jogos como roleta e blackjack de forma cada vez mais real. O uso de streaming aumenta a interação do usuário com as plataformas.
É apostando exatamente nessa proximidade que plataformas como a DAZN, o Facebook e a Twitch TV investem em esporte. Enquanto o primeiro site é uma espécie de Netflix dos eventos esportivos, os outros dois ganharam espaço com transmissões gratuitas. Recentemente, a Twitch até realizou a transmissão de jogos da pré-temporada da NFL. Já o Facebook comprou os direitos de cobertura de jogos da Copa Libertadores e também da Liga dos Campeões.
Assim como ocorre com a TV, essa variedade gera custo para os espectadores brasileiros. A DAZN, por exemplo, também possui um custo mensal, e há também os gastos com pacotes de dados, seja para smartphone ou internet em casa. A solução para o público que não deseja ou não pode gastar muito, por enquanto, é escolher o torneio mais importante para evitar gastos altos. Por outro lado, é interessante que tenhamos atualmente tantas opções e oportunidades de acompanhar os torneios referentes aos esportes de que mais gostamos. Fica a cargo do público escolher a melhor forma de economizar e ao mesmo tempo desfrutar dessas novas tecnologias que permeiam nossas vidas.
Este conteúdo é de autoria do Carlos Daniel e não faz parte do conteúdo jornalístico do Bonde.