O Ballet de Londrina celebra seus trinta anos de trajetória com um espetáculo que evoca o feminino no seu sentido desdobrável e criador. E não é sem motivo: pela primeira vez, o elenco de dez dançarinos é coreografado por uma mulher.
A bailarina mineira Morena Nascimento foi convidada por sua trajetória de destaque internacional. E escolheu como trilha canções interpretadas por outra artista de voz e comportamento marcantes na cena brasileira: Gal Costa.
“Graça” estreia nos dias 11 e 12 de outubro, às 20 horas, no Teatro Universitário Ouro Verde (R. Maranhão, 85).
Leia mais:
Longa inspirado no histórico assalto ao Banestado terá Murilo Benício e Christian Malheiros no elenco
Filho de autor de atentado em Brasília presta depoimento à PF em Londrina
“Encontro de Estreia” será neste domingo na Vila Cultural Casa da Vila em Londrina
Árvore de Natal do Lago Igapó será inaugurada nesta sexta em Londrina
O título “Graça” lembra não só o nome de batismo que a mãe Mariah escolheu para Gal, como também a noção de “dádiva” e “benção”, que aparece desde o início do espetáculo, em movimentos que evocam o milagre dos ciclos de crescimento, multiplicação, transformação e amadurecimento da vida e da natureza.
O sentido irreverente e cômico que a palavra comporta também está presente em cenas em que a dança dissolve-se na teatralidade, na palavra poética e nas artes visuais, já que Nascimento trabalha na fronteira entre linguagens artísticas.
A coreógrafa orquestra jogos de contraste - típicos do Tropicalismo, do qual Gal foi representante dileta – promovendo o encontro de oposições como vida e morte, claridade e escuridão, prazer e dor, ousadia e delicadeza, natureza e civilização. Integram ainda a criação Renato Forin Jr., como dramaturgista, e Isadora Gallas, estilista de São Paulo que assina os figurinos.
A coreógrafa Morena Nascimento é natural de Minas Gerais e desenvolve hoje seu trabalho autoral e interdisciplinar em dança naquele estado. Foi uma das únicas brasileiras a integrar a incensada Tanztheater Wuppertal, companhia de Pina Bausch, onde permaneceu de 2007 a 2010 e, posteriormente, como bailarina convidada, atuando em mais de sete espetáculos assinados pela coreógrafa alemã.
Ao longo de sua trajetória, já coreografou trabalhos para grupos nacionais e internacionais, dentre os quais Balé Teatro Castro Alves, Cia de Dança Palácio das Artes e Balé da Cidade de São Paulo.
Leia a reportagem completa na FOLHA DE LONDRINA: