Apesar do início da greve dos aeronautas deflagrada nesta segunda-feira (19) em todo o País, a paralisação não provocou atrasos em chegadas e partidas de voos no Aeroporto José Richa, de Londrina, informou a CCR Concessionária, que administra o terminal aéreo, que recebe voos de terminais afetados pelo movimento paredista, como os de São Paulo (Congonhas e Guarulhos) e de Brasília.
O SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas) manteve o íncio da greve da categoria nos principais aeroportos do país para esta segunda. Os pilotos e comissários devem cruzar os braços todos os dias, entre as 6h e 8h. Os trabalhadores rejeitaram em votação virtual realizada no fim de semana a proposta apresentada pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho). Entre os 5,7 mil votantes, 76,4% rejeitaram o oferecido pela mediação do tribunal.
A proposta apresentada no sábado (17) pelo vice-presidente do TST, ministro Aloysio Corrêa da Veiga, prevê reposição de 100% da inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), mais aumento real de 0,5%. Os percentuais incidem sobre os salários fixos e variáveis.
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O presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Henrique Hacklaender, orientou aos tripulantes a comparecerem nos aeroportos, mas que não fizessem decolagens entre as 6h e 8h. A greve está prevista para ocorrer em São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte e Fortaleza.
Hacklaender destacou que, além do ganho real sobre os salários, a categoria quer melhores condições de descanso. Os trabalhadores reivindicam pontos como a proibição de alteração dos dias de folga e o cumprimento dos limites já fixados do tempo em solo entre etapas de voos. “É óbvio que um tripulante cansado e mal remunerado pode representar um risco à aviação”, ressaltou o presidente do sindicato ao comunicar o resultado da votação da categoria.
Liminar
Na sexta-feira (16), a ministra do TST Maria Cristina Peduzzi determinou que deve ser garantido o mínimo de 90% de pilotos e comissários em serviço durante a greve. A decisão foi motivada por uma ação do Snae (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias).
Na decisão, a ministra negou o reconhecimento da abusividade da grave, mas determinou que deve ser mantido percentual mínimo de aeronautas em serviço.