Uma iniciativa do Sicoob Ouro Verde levou para dentro da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Londrina uma cooperativa. Chamada de Mãos que Transformam, a cooperativa é formada por 20 estudantes de 13 a 50 anos e foi formalizada em assembleia na semana passada.
Como resultado do trabalho, o primeiro produto dos associados são pacotes de bolachas artesanais, que já estão disponíveis para venda na instituição.
Especialista em Desenvolvimento Cooperativo do Sicoob Ouro Verde, Maisa Palma Hangai explica que a Cooperativa Mirim é um programa nacional desenvolvido pelo Sicoob dentro de instituições educacionais. Em todo o Paraná já são quase 50.
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Em Londrina, são três, sendo duas em parceria com a Guarda Mirim no Distrito de Lerroville (zona sul), que atende crianças do assentamento do MST (Movimento Sem Terra). Agora, a terceira é com alunos da Apae.
Inédito no País, Hangai conta que essa é a primeira vez que o projeto é feito em parceria com uma Apae, sendo que toda a parte metodológica e pedagógica foi adaptada para atender os alunos com deficiência mental, múltipla e autismo.
O trabalho começou no mês de março, já que cada associado precisava cumprir 74 horas de atividades para que pudessem entender o que é uma cooperativa, cooperativismo e cooperação. “A cooperativa é deles. Eles são os fundadores e escolheram o nome e a logo”, afirma.
PROTAGONISTAS E LÍDERES
Por ser uma cooperativa educacional, o produto, que é chamado de objeto de aprendizagem, é a bolacha artesanal. Todo o trabalho, desde a parte nutricional e pesagem dos alimentos até a produção, foi feito dentro da Apae, sendo que cada membro da cooperativa tem uma função, que vai desde a parte da produção até os cargos de chefia, como presidente e vice-presidente da cooperativa.
“O objetivo do programa é torná-los protagonistas, líderes e desenvolver as habilidades de cada um”, explica. Segundo ela, a cooperativa ajuda também na autoestima dos estudantes, já que eles sentem que podem fazer cada vez mais, inclusive com visitas a cooperativas de outros segmentos.
Leia a reportagem completa na FOLHA DE LONDRINA: