A recente notícia de que Londrina não terá carnaval de rua com apoio público em 2025 chegou sem causar grandes surpresas. Afinal, este será o segundo ano consecutivo sem a festa oficial, justificada pela SMC (Secretaria Municipal de Cultura), há pouco mais de uma semana, com a ausência de espaços adequados e seguros para a população.
Nesta quarta-feira (26), o secretário de Cultura, Marcão Kareca, defendeu a posição da Prefeitura afirmando que a gestão realizou reuniões com diferentes setores da sociedade antes de tomar a decisão. Segundo ele, foram ouvidos produtores culturais, carnavalescos e empresários, além de forças de segurança, ex-secretários e servidores da SMC. O secretário também alegou ausência de verbas orçamentárias neste início de gestão.
“Considerando todas estas variáveis, chegamos à conclusão que não é possível fazer um grande evento organizado com segurança e conforto como deve ser para a população de Londrina e entorno”, afirmou à FOLHA. Ele garantiu, porém, que já começou a planejar o Carnaval de 2026, ouvindo representantes do setor para construir diretrizes, sem grandes exposições.
Apesar da promessa futura, a decisão reforça a sensação de que Londrina segue na contramão de outras cidades, que vêm investindo no Carnaval de rua como um motor cultural e econômico. O exemplo mora aqui ao lado: Cornélio Procópio espera atrair cerca de 100 mil foliões com quatro dias de shows na avenida principal e Maringá programou cinco dias de folia com uma agenda diversificada de blocos.
Enquanto vizinhos ampliam suas festividades e atraem foliões de diversas regiões, Londrina, com mais de 550 mil habitantes, assiste à sua festa minguar, sem perspectivas concretas de retomada.
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