A Seed (Secretaria de Estado da Educação) voltou atrás e decidiu encerrar as atividades do Ceebja (Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos) Professora Maria do Carmo Bocati, em Cambé (Região Metropolitana de Londrina).
O vai e vem envolvendo o fim das atividades da unidade educacional se arrasta desde outubro, quando o fechamento havia sido anunciado e, após mobilização da comunidade, o governo indicou mais um ano de funcionamento.
Passado menos de um mês dessa sinalização de continuidade, a FOLHA foi procurada por estudantes do centro que relataram novamente a determinação de encerramento em dezembro. A informação foi confirmada pela direção do Ceebja. A baixa procura teria sido uma das justificativas para a decisão.
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A tendência é que a oferta da EJA (Educação de Jovens e Adultos) ocorra no Colégio Estadual Olavo Bilac no período noturno. Apesar disso, especialistas destacam a função social desempenhada pelos centros e a importância de um espaço e equipe especializados para a EJA.
A notícia levou os alunos a iniciarem uma mobilização em defesa do centro. No sábado (2), será realizada uma manifestação contra o fechamento no Calçadão de Cambé, a partir das 10h.
Uma das estudantes do centro de Cambé é a costureira Marcilene de Menezes Nonaka, 51, que diz estar em choque com a notícia. E reforça que a equipe do Ceebja é capacitada para atender os alunos.
“No Ceebja, as pessoas que estão ali conseguem ver dentro da pessoa, não o que ela fala da boca para fora, mas o que está no interior. Os professores são preparados para essa diferença”, conta Nonaka.
“O Ceebja é o lugar dos excluídos, aqueles alunos que já foram expulsos de várias escolas e eles mesmo falam: ‘Eu não consegui estudar lá, mas aqui eu quero estudar’.”
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