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Polícia

Familiares de criança picada por escorpião relatam agressão da PM

Heloísa Gonçalves - Redação Folha
30 jul 2025 às 19:40

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Emanuel Marques da Silva/Sesa
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O tio e a avó de uma menina de 12 anos picada por um escorpião nesta terça-feira (29) em Cambará (Norte Pioneiro), foram levados ao Pelotão da PMPR (Polícia Militar do Paraná) após uma situação de agressão envolvendo policiais militares e guardas municipais. Aos gritos de uma familiar, a ocorrência foi registrada em vídeo, que termina com o homem contido e a mulher desmaiada após ter spray de pimenta jogado em seu rosto. Os dois são mãe e filho.


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A família levou a menor de idade ao Hospital Municipal após a picada. Conforme nota da Prefeitura, a menina não apresentava sinais clínicos graves e foi atendida com prioridade, seguindo os protocolos técnicos indicados pelo ClATox (Centro de Informação e Assistência Toxicológica do Paraná), referência nacional em casos de intoxicações e acidentes com animais peçonhentos.


Uma prima da garota contou que a avó pediu para a médica que estava atendendo sua neta fazer o pedido de transferência da menina à Santa Casa de Jacarezinho, para que ela pudesse receber o soro antiescorpiônico. Somente Regionais de Saúde têm estoque do soro, que neutraliza o veneno em circulação, com Cambará sendo atendida pela 19ª RS de Jacarezinho.

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Ainda segundo a Prefeitura, “durante o atendimento e o processo de remoção, houve um momento de nervosismo entre alguns familiares, compreensível diante do susto e da preocupação em uma situação como essa. Infelizmente, houve tumulto e ameaças verbais contra profissionais de saúde, o que exigiu o acionamento da Guarda Municipal e da Polícia Militar para garantir a segurança dos envolvidos”.


'Partiu pra cima'

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Ela alegou que a profissional da saúde “começou a debochar” de sua familiar. “Ela fala alto, aí a médica achou que ela estava fazendo agressão verbal contra ela e chamou a polícia, na hora que ela estava ajoelhada no chão pedindo para Deus trazer a minha prima de volta”, informou.

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A mulher contou que a situação já havia sido apaziguada com ação dos guardas municipais, e que teria escalado novamente quando “chegou esse policial e desferiu um soco no rosto do meu primo”. “Ele achou que a (avó da menina) estava gritando, o (primo) foi e falou que era só o jeito da mãe dele, e ele (agente) partiu pra cima.”


Os policiais teriam sido “agressivos demais” e mandado a família “calar a boca”. Ainda segundo a parente, “o policial foi dar depoimento alegando que o (primo) quis pegar a arma dele. Não tinha como ele pegar a arma que estava na mão do policial, que ele pegou para tentar atirar em meu primo”. Como registrado em vídeo, a avó da menina teve spray de pimenta jogado em seus olhos e desmaiou e o tio também teria sido atingido. Ele teria tentado desferir um soco no policial, correndo atrás do agente quando este se dirigiu para a rua e foi contido quando foi levado ao chão.

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Estado de saúde


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A situação ocorreu antes da transferência da criança para a Santa Casa de Jacarezinho, onde ela permaneceu em observação e não apresentou dor, febre ou náuseas. A Prefeitura de Cambará comunicou que não houve necessidade de uso do soro antiescorpiônico. A menina recebeu alta médica e já está em casa.


Posicionamento

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Em nota, a PMPR informou que os parentes “haviam se desentendido com a equipe médica e apresentavam comportamento agressivo. Após ouvir as partes envolvidas, os policiais tentaram orientar os familiares sobre os procedimentos a serem adotados, mas foram desacatados. Mesmo após várias tentativas de diálogo, as ofensas continuaram”.


Foi dada voz de prisão aos envolvidos, que teriam resistido à ação policial, “o que exigiu o uso progressivo da força”. O homem e a mulher foram levados à sede do Pelotão da PM, onde foi lavrado um Termo Circunstanciado de Infração Penal pelos crimes de desacato, desobediência, resistência e ameaça.

Disse ainda que “até o momento, não foi registrada nenhuma denúncia formal sobre a ação policial. Caso a denúncia seja apresentada, caberá ao Comandante da Unidade avaliar a necessidade de abertura de um procedimento administrativo para apurar o caso”.


Já a Prefeitura de Cambará noticiou que “a ocorrência foi registrada e as imagens das câmeras de segurança estão sendo analisadas para o devido esclarecimento dos fatos”. Oliveira contou que os familiares têm advogado de defesa constituído e que uma audiência está marcada para 20 de agosto, sem dar mais detalhes.


Morte recente


A prima da garota que levou a picada explicou que a situação chegou a esse patamar por conta do desespero da família, relembrando o caso do menino de três anos que morreu após ser picado por um escorpião também em Cambará, no dia 13 de julho. Ele chegou a receber o soro antiescorpiônico na Santa Casa de Jacarezinho, mas teve que ser transferido novamente, desta vez para o HU (Hospital Universitário) de Londrina, onde morreu no dia 14. A criança foi picada quando calçava o tênis para ir à casa da avó, e não resistiu após sofrer 33 paradas cardíacas, segundo a família.


A Sesa (Secretaria de Estado da Saúde do Paraná) enviou uma equipe de profissionais da 19ª RS para atuar com a Secretaria Municipal de Saúde na busca ativa por escorpiões no bairro onde o menino residia. Foram capturados 15 somente no primeiro dia, com a maioria sendo o escorpião-amarelo. A reportagem entrou em contato com a Prefeitura para conferir quantas capturas foram feitas ao todo, mas não obteve retorno até a publicação do texto.


Dentre os 236 casos de acidentes com escorpião registrados este ano na Regional de Saúde, 68 são de Cambará. O âmbito estadual mostra que o número de notificações tem crescido no Paraná considerando as 3.603 ocorrências atestadas até o momento, sendo que o número total de registros em 2022 chegou a 4.418.


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