O portal Bonde realizou uma enquete para saber com qual freqüência o eleitor pretendia assistir o Horário Eleitoral Gratuito, que começou no dia 19 de agosto e vai até 2 de outubro. Segundo a enquete, 68% dos internautas disseram que não vão assistir a propaganda nenhum dia. Por outro lado, 10% responderam que pretender acompanhar o horário todos os dias.
Outros 8% querem assistir o horário eleitoral uma vez por semana, 7% duas vezes por semana, enquanto 6% afirmaram que vão assistir apenas uma vez até o fim do período de propaganda.
A eficácia do horário eleitoral causa contradição entre os especialistas. Para a professora do Departamento de Ciências Políticas da Universidade de São Paulo (USP), Elizabeth Balbachevsky, a propaganda exerce uma influência direta sobre os cidadãos, adaptada conforme o grau de politização de cada um. "Ele cria um canal de informação simples e de fácil acesso com o eleitorado que tem relação mais periférica com a política. Esse eleitor ganha noções para poder decidir", afirmou Elizabeth em entrevista à Agência Brasil. "Para o eleitor militante, dá munição para que ele converse, discuta e passe à frente o programa de seu candidato", acrescentou.
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Já o professor da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB), Paulo José Cunha, acredita que a campanha no rádio e na TV tem dois objetivos: mostrar aos eleitores quem são os candidatos; e organizar as campanhas dos majoritários. Como o tempo dos candidatos proporcionais é menor, o resultado em votos também não será expressivo na opinião do professor.
"O tempo é tão curto que a primeira função é cumprida [de informar quem são os candidatos]. Dificilmente, você vai ter alguém, candidato proporcional, que tenha se elegido exclusivamente com o uso da propaganda do rádio e da televisão", afirmou.