A TV Tarobá, afiliada da Band em Londrina, realiza hoje na sede da emissora, às 22 horas, o primeiro debate televisivo entre os candidatos ao Executivo municipal. Foram convidados para o evento, com confirmação de presença, os concorrentes André Vargas (PT), Antonio Belinati (PP), Barbosa Neto (PDT), Luiz Carlos Hauly (PSDB), Luiz Eduardo Cheida (PMDB), Marcelo Urbaneja (PTdoB), Marcos Colli (PV) e Vílson Machado (PSol). O departamento jurídico da empresa se valeu de uma brecha na legislação eleitoral e um dos nanicos, Amadeu Felipe (PCB), ficou de fora: a resolução 22.718/2008 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) permite às emissoras não incluir no debate integrantes de partidos que não tenham representatividade na Câmara dos Deputados - caso do PCB.
Ao todo, serão cinco blocos em duas horas de debate. A primeira parte terá perguntas da produção da emissora - uma para cada candidato -, com temas relacionados à admininistração pública. O segundo, terceiro e quarto blocos serão destinados a perguntas e respostas entre os oito participantes, com direito a réplica e tréplica. O quinto bloco será reservado às considerações finais dos prefeituráveis.
Este será o segundo encontro oficial entre os adversários, que já se reuniram em debate realizado no último sábado de manhã na Rádio Paiquerê AM - que teve, entretanto, os nove candidatos. Na ocasião, a atual gestão foi um dos temas preferidos nas três horas de evento.
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Em entrevista à FOLHA, ontem, Amadeu disse que se ''sentiu alijado'' do evento, e avisou: ''Vou ao Tribunal Superior Eleitoral (TRE) pedir a suspeição do debate ou a minha inclusão nele, porque, dessa forma, o processo eleitoral fica viciado'', criticou. ''Usaram uma resolução do TSE para me deixar de fora, mas a Constituição Federal, que é maior que a resolução, garante isonomia e oportunidades iguais a todos.''
O editor-chefe da TV Tarobá, Fernando Brevilhéri, negou que tenha havido alijamento do pecebista. ''A TV tem uma estrutura montada de cenário; consultamos a legislação eleitoral e, como vimos que não tínhamos condições de fazer (o debate) com todo mundo, o departamento jurídico da emissora apontou que a resolução do TSE assegura a presença de todos que possuam representação na Câmara Federal. Não foi atitude excludente'', rebateu Brevilhéri, para completar: ''Esse tipo de justificativa pode, na verdade, ser uma tentativa de se criar um clima favorável para a ação que ele quer propor no TRE.''