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Câmara de Vereadores

Curitiba e Londrina têm número recorde de candidatos

Karla Losse Mendes - Folha de Londrina
31 dez 1969 às 21:33
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O número de candidatos a vereador em Curitiba e em Londrina neste ano é recorde em relação aos três últimos pleitos. Na capital, o crescimento de candidaturas foi de mais de 50% em relação aos números das eleições proporcionais de 2004. Em Londrina, 409 registraram candidatura este ano, contra 360 nas últimas eleições municipais, diferença de 13,6%. O crescimento do número de postulantes a uma vaga de vereador nas duas cidades vai na contra-mão do total de candidatos registrado no Estado para este pleito. Em 2004, concorreram ao cargo de vereador 24.230 pessoas em todo o Paraná contra 23.267 candidatos neste ano.

Em Curitiba, o aumento no número de candidatos também é bem maior proporcionalmente ao crescimento do eleitorado. Em 2004 havia um candidato para cada 2.083 eleitores. Neste ano, esta relação é de 1.472 eleitores para cada candidato. Em Londrina, o número de eleitores passou de 328.693 para 341.908, entre 2004 e 2008. Percentualmente, isso significa que a procura por vagas na Câmara subiu 13,61% contra 4% do eleitorado.

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Para o cientista social e professor da Universidade Federal do Paraná, Fabrício Tomio, o grande número de candidatos se deve a uma estratégia dos partidos para eleger a maior quantidade possível de vereadores. Ele considera que o número de candidatos seria ainda maior se não fosse limitado pela legislação. ''Hoje o número de candidatos para partidos sem coligação é no máximo igual ao número de vagas existentes na Câmara do município, mais 50% '', diz.

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O professor explica que a própria legislação estimula esse grande número de candidatos. ''Como os vereadores são eleitos pelo sistema proporcional, quanto mais candidatos o partido tiver, mais votos ele poderá conseguir e maior será o número de cadeiras.''


Nesse sistema, o número total de votos válidos é dividido pelo número de cadeiras existentes. Por este cálculo fica-se sabendo quantos votos ''vale'' cada cadeira. A partir daí, calcula-se o total de votos que cada partido ou coligação obteve e quantas cadeiras ele terá direito. Finalmente, essas cadeiras são preenchidas pelos candidatos mais votados de cada partido. Assim, por exemplo, se o número de votos por cadeira for 10 mil, um partido que obteve 100 mil votos terá direito a 10 vereadores. Estão eleitos então, os dez vereadores mais votados deste partido ou coligação.

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Um outro motivo para que os partidos lancem um grande número de candidatos, segundo Tomio, é uma questão cultural. ''Como o eleitor prefere a proximidade com o candidato, seja por bairro ou por representar um setor específico como as categorias profissionais, por exemplo, ao lançar um grande número de candidatos o partido pretende abranger o máximo de setores da sociedade.''


Para o professor esse sistema eleitoral, com votação nominal, é positivo para os eleitores. Embora ele discorde das coligações para as eleições proporcionais por acreditar que possam confundir o eleitorado no momento de votar. ''O eleitor tem direito a essa personalização do voto, mas a maior parte das pessoas votou em alguém que não foi eleito e isso cria uma desvinculação muito grande entre o eleitor e seu representante''. Tomio alega que nos casos da coligação esse fator se estende ao partido, uma vez que o voto do eleitor pode ajudar a eleger um candidato de um partido com o qual ele não tem afinidade.

Os dados justificam a posição do professor. Em 1996, os curtitibanos eleitos receberam pouco mais de 263 mil votos de cerca de 622 mil votos nominais. Em 2000, os votos nominais para os candidatos eleitos foram 322.740 de um total de 709.739. Em 2004 essa relação se manteve estável. Pouco mais de 353 mil eleitores escolheram nas urnas um candidato que foi eleito. Mais de 467 mil eleitores votaram em candidatos que não tiveram sucesso.


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