Eleições 2008

Belinati e Hauly disputam 108 mil votos no 2º turno

31 dez 1969 às 21:33

A disputa pela Prefeitura de Londrina, no segundo turno da campanha, deve provocar uma corrida pelos números conquistados pelas outras siglas na primeira etapa do pleito. E não apenas em relação às declarações formais de apoio, cujas definições estão previstas para até o próximo sábado: o total de votos válidos obtido pelos sete candidatos derrotados domingo passado, 108.257, equivale a quase 67% do que Antonio Belinati (PP) e Luiz Carlos Hauly (PSDB) conquistaram, juntos, com seus 162.323 votos.

Considerando a legislação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no que se refere à necessidade de o eleito obrigatoriamente carecer de metade dos votos válidos mais um, e tomando por base o que cada prefeiturável obteve no primeiro turno, a garimpagem de eleitores por parte de Belinati, dentre os votos válidos tende a ser menos trabalhosa: com 98.432 votos, precisaria de mais 36.858 votos para se eleger. Já Hauly, que na vice-colocação - obtida no final da apuração, de virada, sobre Barbosa Neto (PDT) - ficou com 63.891 votos, dependeria de mais 71.400 votos para se sagrar prefeito de Londrina.


No universo de mais de 108 mil votos a serem herdados dos outros sete prefeituráveis, para Belinati bastaria conquistar pouco mais de 34% desse bolo. Hauly precisaria de quase 66%. Apesar disso, há ainda um universo de 10.708 votos nulos, 6.036 votos em branco e 54.584 abstenções - um contingente de 71.328 eleitores.


No segundo turno do pleito de 1996 entre o tucano e Belinati (este, então no PDT) para a Prefeitura de Londrina, a diferença entre ambos, foi relativamente apertada: exatos 11.004 votos, dentre os 197.111 válidos. O primeiro turno fora levado com relativa tranquilidade por Belinati, na diferença de 26.687 votos (96.311, ou 48,86%, contra 69.624, ou 35,32% do tucano).


O ex-prefeito, que protocolou ontem o afastamento não-remunerado da Assembléia Legislativa para se dedicar ao segundo turno, minimimizou eventual vantagem. ''Entendo o segundo turno como a prorrogação de um jogo de futebol: o placar zera. Para mim, ainda falta tudo'', disse, para completar: ''Na verdade, meu segundo turno nas ruas começa mesmo é hoje, como atividade intensa'', comentou.

O coordenador de Comunicação de Hauly, Cláudio Osti, adotou tom semelhante - mas quanto aos números. ''Agora tudo começa do zero. No primeiro turno, eram nove nomes com vários perfis; agora, apenas dois, e de currículos e posturas políticas extremamente opostos'', comparou. ''Mas nossa meta é trazer a maior parte para o nosso lado - tem eleitor do Cheida, do Barbosa e até do Belinati que pode migrar o voto; o Hauly tem circulado bastante em busca disso, não parou desde o primeiro turno'', afirmou.


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