Bomba
O prefeito eleito Antonio Belinati (PP) disse nesta quinta-feira (30) que vai permanecer em Curitiba nos próximos dias para não acirrar os ânimos de seus correligionários e de Luiz Carlos Hauly (PSDB), candidato derrotado no segundo turno das eleições municipais de Londrina. Belinati viajou para a capital na noite de domingo para participar das sessões da Assembléia Legislativa e previa voltar ontem à cidade. De acordo com ele, porém, a cassação de seu registro de candidatura aumentou a temperatura política em Londrina a níveis preocupantes.
''Poderia acontecer algo imprevisível, como alguém se infiltrar para tumultuar o processo. E isso, perante o Supremo (Tribunal Federal - STF), teria um resultado ruim para mim'', disse. O deputado classificou a manifestação popular a seu favor, na última quarta-feira, como um ''desabafo'' do eleitor e criticou os correligionários de Hauly que foram às ruas na terça-feira à noite para comemorar o julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
''Eu nunca adotei isso de tripudiar o adversário no momento de dificuldade. Cada um tem um comportamento: o meu sempre foi de chorar junto com as pessoas no momento da desgraça'', disse.
Recurso
O advogado Eduardo Franco informou ontem que foi adiada a entrega do recurso em favor de Belinati ao TSE. Por estratégia da defesa, o embargo de declaração não foi entregue ontem. Hoje é feriado em Brasília e o prazo final para o recurso vence segunda-feira.
''Estamos aprimorando e detalhando mais a argumentação. Não temos pressa. Vamos usar todo o prazo e fazer com sabedoria'', afirmou o advogado. O recurso mais aguardado pela defesa, porém, será levado ao STF. ''Nós temos a convicção de que o Supremo Tribunal não se deixa levar por pressões políticas e econômicas. Nosso recurso será provido e a decisão do TSE vai ser reformada'', afirmou. De acordo com ele, o argumento principal da defesa é a quebra do princípio da segurança jurídica. ''Eles mudaram a jurisprudência unânime no caso Belinati. Isso tem que ser revertido'', pregou.