A Tupperware está se preparando para declarar falência ainda nesta semana, afirmou a agência Bloomberg em reportagem publicada nesta segunda-feira (16), citando pessoas com conhecimento dos planos.
Leia mais:
Receita abre consulta a lote da malha fina de novembro do Imposto de Renda
Mulheres são as mais beneficiadas pelo aquecimento do emprego formal no país
Consumidores da 123milhas têm uma semana para recuperar valores; saiba como
Taxação dos super-ricos é aprovada em declaração de líderes do G20
A empresa vem fazendo esforços nos últimos anos para reviver os negócios em meio a quedas na demanda. Em 2023, Tupperware já havia declarado que poderia falir. Segundo as fontes ouvidas pelo jornal, que foram mantidas em anonimato, a marca contratou consultores jurídicos e financeiros e planeja entrar em proteção judicial após violar termos de sua dívida.
As ações da empresa caíram mais de 50% na tarde desta segunda em Nova York. Em 2023, a empresa registrou receita de US$ 1,7 bilhão (R$ 9,3 bi), ante US$ 2,7 bilhões (R$ 14,7 bi) uma década atrás.
Os preparativos para a falência vem na esteira de negociações entre a Tupperware e seus credores sobre como gerenciar mais de US$ 700 milhões (R$ 3,8 bi) em dívidas. Segundo o jornal, os credores concordaram neste ano em dar um pouco de fôlego nos termos do empréstimo, mas a empresa falhou em se recuperar.
A Bloomberg afirma que os planos não são definitivos e podem mudar. Um representante da Tupperware se recusou comentar a situação.
Em junho, diz a reportagem, a marca de recipientes plásticos e produtos para o lar fez planos para fechar sua única fábrica nos Estados Unidos e demitir quase 150 funcionários. No ano passado, o CEO Miguel Fernandez foi substituído, assim como vários membros do conselho, como parte de uma tentativa de reverter a maré, nomeando Laurie Ann Goldman como a nova CEO.
A Tupperware lançou seus produtos em 1946. A marca explodiu nos EUA principalmente por meio de festas de vendas organizadas por mulheres.
O anúncio da crise e possível falência, ainda em 2023, assustou consumidores fieis, que temeram ficar sem o produto que está no Brasil desde 1976.