O presidente da TIM Brasil, Luca Luciani, afirmou que a empresa pretende investir em telefonia móvel, com foco na expansão de 3G para classe C no segundo semestre. Segundo ele, grosso modo, um terço dos investimentos programados para o restante do ano estarão relacionados à ampliação da cobertura de rede de terceira geração (3G). No ano, o investimento está previsto em R$ 2,5 bilhões, sendo R$ 1,5 bilhão no segundo trimestre.
"Nosso posicionamento vai ser distintivo no mercado. Temos que trabalhar mais pois temos um desafio, mas gostamos dessa posição", afirmou Luciani. "A novidade da segunda parte do ano vai ser oferecer experiência da internet via celular." Segundo ele, um dos principais objetivos da empresa é conquistar clientes da classe C que hoje gastam, por exemplo, R$ 2 por dia ou R$ 20 por mês numa lan house. A estratégia, diz, também tem um forte componente de inclusão social.
"Pode ser uma forma inovadora de oferecer uma experiência para clientes que já usam internet, mas não têm acesso próprio e costumam ir a uma lan house", afirmou.
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O presidente da TIM acrescentou que pretende usar a experiência com o plano Infinity, que reduziu os custos de ligação de longa distância via celular, de base para essa expansão na rede 3G. "Até há um ano, sobretudo clientes do pós-pago faziam ligações de longa distância. O cliente pré-pago praticamente não tinha como ligar. O Infinity mudou isso e cliente pré-pago hoje pode ligar para qualquer parte do País", afirmou. "Temos que fazer o mesmo com a internet."
Luciani negou hoje em teleconferência com analistas e jornalistas que a empresa está buscando possíveis uniões com outras empresas, após o recente movimento de concentração do setor, com a convergência de empresas de telefonia fixa e móvel. "Não temos essa visão e, sobretudo, não precisamos dela, de combinação do asset", disse, em resposta a uma pergunta sobre possíveis parcerias com outras empresas, após a Telefónica assumir sozinha o controle da Vivo. "Não estamos olhando esse cenário, nosso caminho está indo bem, não precisando trocar nossa estratégia".