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Dinheiro limpo

Tem gente que ganha, e muito, com lixo eletrônico

Agência Estado
16 ago 2010 às 22:09

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O diretor comercial Norio Muneyuki Furuguem observa atento o desapertar de parafusos de monitores, celulares e televisores na fábrica da Ativa Reciclagem, empresa especializada no reaproveitamento de aparelhos eletrônicos e lâmpadas. Há cinco anos no mercado, a Ativa já está investindo em sua expansão, de olho nas novas oportunidades de negócio que devem surgir nos próximos meses.

A empresa estima que no ano que vem vai dobrar o faturamento anual de R$ 50 mil, devido ao projeto de lei sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 2 de agosto, que criou a Política Nacional de Resíduos Sólidos. A lei – que aguarda regulamentação – incentiva a reciclagem e obriga fabricantes, importadores, distribuidores e vendedores de agrotóxicos, pilhas, baterias, pneus, óleos lubrificantes, eletroeletrônicos e lâmpadas a se responsabilizar pelo descarte de seus produtos, tornando necessário o uso da logística reversa – um conjunto de ações para facilitar o retorno dos resíduos aos seus geradores.

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Com isso, surgem oportunidades de negócios nos setores de logística, indústria, varejo e, principalmente, nas áreas de comunicação, operações, administração e planejamento. "A lei vai fomentar novos negócis porque os volumes envolvidos são muito grandes", diz o presidente do Conselho de Logística Reversa do Brasil, Paulo Roberto Leite.

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Segundo ele, as empresas vão adequar a própria estrutura para atender à nova legislação, oferecendo redes de assistência técnica para receber seus produtos, por exemplo. No entanto, devem terceirizar alguns serviços. "Em todo o Brasil, haverá uma parcela de produtos a ser coletada pelas transportadoras e a necessidade de encontrar espaços para armazenagem e manutenção dos equipamentos", afirma.

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O diretor de responsabilidade socioambiental da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), André Luiz Saraiva, avalia que as oportunidades estarão no setor de comunicação. "As empresas vão ter que implementar ações para estimular o consumidor a devolver o produto e vão ter que falar com fabricantes e importadores para traçar a destinação adequada a esses equipamentos", diz.


Ele destaca também a oportunidade de formalização dos catadores e recicladores de lixo, que poderão se tornar prestadores de serviço. "Certamente serão criados critérios e exigidas certificações para isso, então, é importante que os profissionais dessa área busquem licenciamento e capacitação."

Há um ano e meio, a T-gestiona, empresa de logística, outsourcing e gestão de terceiros, investe em logística reversa. Ao perceber que grande parte dos celulares e modems devolvidos às empresas de telefonia e internet estava em bom estado, passaram a realizar a coleta, análise e triagem desse material. Objetivo: consertar e reaproveitar os equipamentos ainda em condições de uso e reciclar os que não poderiam voltar ao mercado.


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