Alguns sites na internet vendem amigos, seguidores e curtidas nas redes sociais. De acordo com a reportagem do New York Times desta segunda-feira (12), é possível adquirir 4 mil novos seguidores no Twitter ou 4 mil amigos no Facebook por apenas por apenas US$ 5. Para ter 1 milhão de seguidores no Instagram, o internauta deve desembolsar US$ 3.700. Por mais US$ 40, 10 mil dos novos amigos teriam curtido uma das fotos postadas no perfil do comprador.
Os perfis que adicionam ou curtem o cliente são chamados de bots, abreviação de robôs. Os bots atuais têm nomes que soam reais para camuflar melhor as atividades e ainda atuam em horários humanos, ou seja, trabalham pela manhã e ficam desativados durante a madrugada.
Os bots conferem mais popularidade a celebridades, as fazem parecer mais queridas do que são e influenciam a opinião pública sobre cultura e produtos. Em alguns casos, também interferem em agendas políticas.
Ainda de acordo com o New York Times, não é ilegal ser dono de um bot ou criá-lo. A ilegalidade depende de como o recurso é utilizado. Em março, por exemplo, dois estudantes do Technion (Instituto de Tecnologia de Israel), programaram milhares de bots que causaram um falso congestionamento de trânsito no Waze, um software de navegação criado no país e controlado pelo Google. Esses robôs imitavam celulares Android, acessando falsos sinais de GPS, e operados por falsos seres humanos que dirigiam falsos carros. O Waze acreditou nos dados e redirecionou o tráfego a outras vias. (Com informações da Folha de São Paulo).