Há mais de um ano, o mercado de Aeronaves Remotamente Pilotadas (em inglês Remotely Piloted Aircraft – RPA), mas conhecidas como drones, espera uma regulamentação para o uso comercial desses equipamentos, úteis em atividades de diversos setores, como a agricultura e a construção civil, e com potencial em diversas outras aplicações como a inspeção de torres e linhas de transmissão, resgate de pessoas, verificação de sinistros na área de seguros e pulverização na agricultura.
A proposta de regulamentação foi para consulta pública em setembro de 2015. No último dia 4, conforme informou a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), as regras foram para votação da diretoria colegiada, mas pedidos de vistas para apreciação de alguns pontos do documento colocaram o regulamento novamente em espera sem prazo determinado.
A estimativa é que já existam pelo menos 700 empresas com atuação em atividades ligadas a drones no Brasil – prestação de serviços, fabricação, treinamento, tecnologia, manutenção, seguros, etc. O dado tem como base as companhias cadastradas por um evento diretamente ligado a esse mercado, que será realizado em maio desse ano. Mas a expectativa é que, na realidade, esse número passe de mil e que, com a regulamentação das operações com drones, as empresas existentes cresçam e que novas surjam, diz Emerson Granemann, idealizador da DroneShow Latin America, que acontece de 9 a 11 de maio em São Paulo. Granemann também lidera um movimento formado por empresários com o objetivo de pedir mais agilidade na regulamentação.
Leia mais:
Fabricante do Mega Drive no Brasil, TecToy volta ao mercado de games com PC portátil
Cientistas de Oxford usam IA para identificar alucinações das próprias IAs
Busca com IA do Google, lançada nesta segunda-feira nos EUA, pode empobrecer a internet, dizem especialistas
Inteligência artificial será uma nova espécie digital, diz chefe da Microsoft AI
Para ele, esses números, bem como a rápida evolução da tecnologia, mostram que a regulamentação se faz urgente. "O dado de que há 700 empresas, podendo chegar a mil empresas em atividade não regulamentada é uma coisa boa em um aspecto, mas é preocupante porque a regulamentação baliza muito a questão da segurança." Ele argumenta que a falta de regras faz com que o mercado evite dar início a grandes projetos por empresas privadas ou com licitações públicas.
Leia mais na Folha de Londrina.