Pelo menos 7,1 milhões usuários brasileiros aproveitam o Wi-Fi do vizinho para acessar a internet. É o que aponta um estudo do instituto Data Popular. A pesquisa foi divulgada nesta segunda-feira (16). São usuários não-assinantes de planos de internet. No entanto, estão na rede por compartilhar a conexão alheia.
A porcentagem de pessoas que usa internet compartilhada é pequena, no entanto, se comparada ao número total de internautas no Brasil. De acordo com dados do Ibope, o país somou 102 milhões de usuários no 1.º trimestre de 2013. As informações são do UOL Tecnologia.
A atividade de compartilhar internet entre vizinhos é considerada clandestina. No entanto, uma decisão do TRF (Tribunal Regional Federal) da 1.ª região negou na última sexta-feira (13) um recurso do MPF (Ministério Público Federal) que caracterizava como crime a partilha de sinal. Segundo a decisão do TRF, que foi unânime, o compartilhamento e a retransmissão não configuram atividades clandestinas de telecomunicações. Ainda cabe recurso.
Classe média
O estudo do instituto Data Popular aponta que a classe média é a que mais utiliza redes Wi-Fi dos vizinhos: 10% dos entrevistados disseram navegar frequentemente na rede alheia enquanto está em casa. Já nas classes baixa e alta, os porcentuais foram iguais: 4% para cada uma.
O levantamento destaca que a classe média compartilha mais por que tem uma relação mais amigável entre vizinhos. O fato de usar um pacote com velocidade maior também influencia no compartilhamento, de acordo com o estudo.
Faixa etária
O estudo também analisou o uso de internet compartilhada por faixa etária. A maior fatia é composta por pessoas de 16 a 25 anos (21%). Na sequência, vem usuários com idade entre 26 e 39 anos (8%) e internautas entre 40 e 59 anos (3%).
Num recorte por região, a região Sudeste é a com maior ocorrência do uso de internet compartilhada, com 8%. Depois vem a região Norte (7%), Nordeste (6%), Sul e Centro Oeste (com 5% cada uma).
A pesquisa do Data Popular foi realizada em junho deste ano e foram entrevistadas 2.000 pessoas em 100 cidades do país. (com informações do UOL Tecnologia)