No final dos anos de 1980, quando Londrina ainda colhia frutos da cultura cafeeira, um grupo de professores universitários, atendendo a um chamado do fundador da Folha de Londrina, o jornalista João Milanez, iniciou as discussões sobre um projeto que tinha um objetivo nada modesto: mudar o perfil econômico de Londrina.
Com sua mente visionária e sempre aberta às novidades, Milanez acreditava que era hora de mudar o foco, até então voltado principalmente para as atividades rurais, e começar a olhar para as possibilidades criadas a partir dos avanços tecnológicos.
Cerca de 15 anos após a geada negra que devastou os cafezais do Norte paranaense, o café ainda gerava recursos ao município, mas Milanez estava convencido de que a cidade deveria crescer em uma nova direção.
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Da primeira reunião, feita na sede da Folha de Londrina, participaram professores do antigo Cesulon - hoje, Unifil - e o encontro foi o pontapé inicial para a criação da Adetec (Associação de Desenvolvimento Tecnológico de Londrina).
Alguns anos depois, coube ao jornalista e professor da UEL (Universidade Estadual de Londrina), Tadeu Felismino, a tarefa de viabilizar o projeto. Ele havia encerrado um mandato na Câmara Municipal de Londrina e aceitou o convite de Milanez para fundar a Adetec.
O ano era 1993 e a internet ainda engatinhava no mundo. As pessoas ainda se referiam ao setor de TI (Tecnologia da Informação) como informática ou processamento de dados. No município, havia uma única empresa da área, a Exactus, e os computadores compactos, os desktops, eram raridade. Nas empresas que aderiam à tecnologia, os dados eram processados em enormes mainframes.
A Adetec trouxe para a cidade o Softex (Programa Nacional de Software para Exportação), do governo federal, e a partir daí, assim como Milanez havia idealizado, Londrina iniciou a sua jornada rumo ao desenvolvimento de TI.
No início dos anos 2000, a Adetec lançou a Plataforma Londrina de Tecnologia da Informação, dentro do projeto Londrina Tecnópolis, financiado pela estatal Finep - Inovação e Pesquisa. A iniciativa contou com a cooperação do setor empresarial local, instituições de ensino superior e comunidade. Em 2006, nasceu o APL (Arranjo Produtivo Local) de TI de Londrina e Região.
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