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Na mira

iPhone será próximo alvo de cibercrimes, diz McAfee

Agência Estado
06 set 2011 às 12:39

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- Divulgação
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O iPhone e o iPad serão os próximos alvos de cibercrimes e outras ameaças do mundo digital, prevê a empresa de segurança na internet McAfee.

A pesquisa mais recente sobre ameaças no ambiente virtual constatou que, no segundo trimestre deste ano, os computadores da Apple se tornaram alvo de antivírus falsos, após terem permanecido livres desse tipo de ameaça durante anos.

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Nas próximas pesquisas trimestrais da McAfee, o iPhone e o iPad "sem dúvida" devem aparecer como novo objetivo de ameaças, disse ao Economia & Negócios o vice-presidente sênior de operações técnicas da McAfee, Michael Fey. Leia trechos da entrevista.

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Economia & Negócios - A McAfee divulgou recentemente que houve um conjunto de ataques contra mais de 70 instituições no mundo, incluindo governos e empresas, desde 2006. Fatos como esse tendem se repetir?

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Michael Fey - Sim. Infelizmente a sofisticação dos ataques está crescendo a uma taxa que supera a implementação da tecnologia (de proteção). Ainda que seja possível se proteger contra a maior parte desses ataques, os governos e as empresas não estão implementando (sistema de proteção) a uma taxa proporcional ao crescimento dos ataques. A maior parte das empresas espera ocorrer uma violação para depois reagir.


E&N - Existe alguma entidade hoje que esteja completamente segura contra esse tipo de ataque?

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Michael Fey - Não. Há empresas e organizações mais seguras que outras, mas não há nenhuma que seja 100% segura. Antes, havia a crença de que quem não estava conectado estava seguro. Mas isso não é mais verdade.


E&N - No Brasil, as organizações e empresas são mais ou menos vulneráveis do que em outros países?

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Michael Fey - Nós fizemos pesquisa com profissionais no Brasil. Os resultados indicam que eles se sentem menos preparados do que os de outros países. Mas eles acreditam que correm menos risco, o que é curioso, porque tem havido um aumento significativo da atividade de hackers no Brasil.


Existem organizações (no mundo) que não têm uma compreensão do risco que correm. Por isso nós temos visto um enorme aumento do roubo de dados. Empresas de petróleo que gastam centenas de milhões de dólares com exploração perdem dados que podem ser vendidos no mercado negro.

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Há muitas formas de obter dinheiro em cima de organizações. Imagine a vantagem de uma empresa ao saber quais são as ofertas em um processo de licitação? Isso é incrivelmente valioso.


E&N - A pesquisa mais recente da McAfee apontou que, em maio, o Mac passou a ser alvo de antivírus falsos, após manter-se por anos livre desse tipo de ameaça. O senhor acha que agora, nos próximos levantamentos da McAfee, veremos o iPhone e o iPad como os novos alvos de malwares e outras formas de ameaças?

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Michael Fey - Sem dúvida. A comunidade hacker vai aonde há oportunidade, e a Apple, neste momento, é um alvo muito atraente. Há atratividade no iPhone, no iPad e nos computadores por muitas razões. Primeiro, quem tem esses aparelhos em média é mais rico que as pessoas que têm um PC tradicional, porque os computadores da Apple são mais caros. Visar a esse ambiente, ainda que ele seja menor, pode dar acesso a pessoas abastadas.


O iPhone e o iPad serão um tesouro para quem conseguir invadi-los. Quando isso ocorrer, eu vou poder saber onde você está, qual é o seu e-mail, vou poder acessar seus documentos. Enfim, quem conseguir invadir esse telefone poderá fazer muita coisa, então nós vamos ver as pessoas focando nisso. Ocorre que neste momento é que as grandes organizações e os governos não estão nessa plataforma, por isso os maiores grupos de hackers não focaram nisso, mas é uma questão de tempo.

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E&N - No próximo levantamento da McAfee nós já teremos essa mudança de foco?


Michael Fey - Acho que haverá um aumento, mas não creio que seja tão rápido. Será uma relação inversa à queda das vendas dos PCs. A verdade é que quem é o número um sempre terá o maior número de ameaças, não por ter uma plataforma mais fraca. Nós não vemos uma diferença muito significativa nas plataformas. À medida que elas tentam crescer, elas se expõem mais aos riscos.


E&N - A ideia de que quem tem produtos da Apple está mais protegido é um mito, não é verdadeira?

Michael Fey - Pessoalmente, eu não acho que isso seja verdadeiro. A ideia de que se está mais seguro com um aparelho do que com outro leva à falsa sensação de segurança. O ponto é que se você não se comporta de forma apropriada, o risco aumenta. Se você está na plataforma Android, por exemplo, e você faz o downloading de algo que está fora de lá, você sabe que corre um risco maior. Se você visita esses sites sujos que levam problemas para o seu computador, os mesmos problemas podem vir a ocorrer no iPhone. A mesma coisa se você responde e-mails de pessoas que você não conhece e clica em links que mandam para você.


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