O governo da Índia estabeleceu nesta quinta-feira, 12, o dia 31 de agosto como prazo para a Research in Motion (RIM) permitir o acesso das autoridades a todos os serviços do aparelho BlackBerry.
O país teme que o telefone seja usado por militantes e insurgentes para planejar e promover ataques como o de 2008, em Mumbai, quando 166 pessoas morreram.
A disputa com a Índia, onde há mais de um milhão de usuários do telefone, é o mais novo episódio envolvendo a fabricante e governos. As autoridades de países asiáticos e do Oriente Médio não conseguem monitorar os dados codificados das mensagens enviadas no BlackBerry e por isso consideram o aparelho como uma potencial ameaça.
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Os Emirados Árabes Unidos já bloquearam alguns serviços do aparelho e outros países, como a Arábia Saudita, o Kuwait a Argélia e o Líbano, estudam a adoção de medidas semelhantes. A RIM utiliza o sistema de codificação para evitar que o telefone seja hackeado.
Em 2008, houve relatos de que a Índia teria pedido à empresa canadense que decodificasse as mensagens para ver seu conteúdo. A RIM, porém, respondeu, assim como desta vez, que nem mesmo a própria companhia acessa os recados.
Em julho deste ano, empresa disse que cooperaria com todos os governos "com um padrão consistente e com o mesmo grau de respeito", mas negou que forneceu serviços a um país que não tenha fornecido para outro.
As autoridades então disseram que se nenhuma solução para o problema fosse encontrada, eles pediriam às operadoras que bloqueassem alguns serviços do BlackBerry.
O governo disse que a RIM se propôs a ajudar o governo a monitorar o envio e o recebimento de emails sem dar detalhes de seus conteúdos. As autoridades, porém, disseram que isso não seria o bastante.