Tecnologia

Google fez oferta de US$ 10 bi pelo Twitter, diz revista

15 abr 2011 às 09:57

O Twitter recusou uma proposta de compra de US$ 10 bilhões apresentada pelo Google, segundo a revista Fortune. Uma reportagem intitulada "Trouble @ Twitter" (problema no Twitter) apontou que a Microsoft, o Google e o Facebook avaliaram a compra do serviço de microblogs.

"Desde que o Twitter foi inventado, gigantes da internet vêm tentando comprá-lo, por acreditarem que ele é um serviço de mídia social com o potencial de competir com o Facebook", escreveu a jornalista Jessi Hempel. "A Microsoft nunca fez uma proposta, de acordo com fontes, mas o Facebook teria oferecido US$ 2 bilhões pelo Twitter e o Google, de longe o mais interessado, chegou a oferecer até US$ 10 bilhões."


Além da recusa de ofertas bilionárias, a revista identifica outros problemas com o Twitter. A empresa teve três presidentes em menos de três anos. O cofundador Jack Dorsey foi substituído pelo também cofundador Evan Williams, que acabou sendo trocado por Dick Costolo, diretor de operações.


Depois disso, Dorsey acabou voltando ao Twitter, como diretor de produtos, sem deixar a presidência de outra empresa, a Square, de sistemas de pagamento. Sobre essas mudanças, o blog de tecnologia TechCrunch observou que a troca de comando não é um bom sinal e que o posto de visionário de produto é um trabalho em tempo integral.


Existe uma percepção crescente, de acordo com a Fortune, que a inovação foi paralisada e que a administração da empresa está uma bagunça. Outro motivo de preocupação é que, no último ano, o tráfego do Twitter nos Estados Unidos deixou de crescer. Apesar de ter mais de 200 milhões de contas registradas, somente 10% usuários usam o serviço a cada mês.


Modelo de negócios. Um ponto importante na análise da situação do Twitter é que o site ainda não conseguiu apresentar um modelo convincente de geração de receitas. Apesar do desejo das empresas de anunciar no serviço, o Twitter só conseguiu faturar US$ 45 milhões com publicidade no ano passado, comparados a US$ 1,86 bilhão do Facebook.


A briga entre os dirigentes do Twitter, com seus cofundadores transformados em celebridade, tem impedido que a empresa possa conseguir bons resultados a partir de sua base de bons engenheiros, anunciantes ávidos de publicidade e usuários leais, de acordo com a Fortune.


O Twitter está bem capitalizado, tendo levantado mais de US$ 360 milhões, mas perdeu o posto de empresa mais quente do setor de tecnologia para outras companhias, como o Groupon, que levantou mais de US$ 1 bilhão em investimento e tem um modelo bem definido de negócios.


"O Twitter ainda precisa descobrir o que quer ser quando crescer", escreveu Jessi Hempel. O presidente Dick Costolo costuma dizer que o serviço é uma rede social. A revista questiona se, na realidade, o Twitter é uma empresa de mídia, uma ferramenta de comunicação ou alguma outra coisa.

O Twitter foi criado por acaso. Ele nasceu de uma empresa chamado Odeo, que produzia podcasts, mas acabou deixando de fazer sentido quando a Apple lançou o iTunes. Inicialmente chamado Twttr, sem vogais, a ideia era permitir que as pessoas respondessem à pergunta "o que você está fazendo agora?", usando mensagens de texto de celular. Foram os usuários que descobriram para que o serviço servia, criando coisas como hashtags e retweets.


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