A empresa asiática Foxconn adiou para setembro o início da sua produção de tablets no Brasil, que estava prevista para começar em julho. A afirmação foi feita hoje pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, que participou de uma reunião na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em São Paulo. "Fomos informados ontem que ela só iniciará a sua produção em setembro", disse o ministro. "Mas isso não faz diferença nenhuma, não é relevante, um mês a mais ou um mês a menos. Quem quiser comprar tablet vai ter esperar um pouco mais."
De acordo com Mercadante, um dos motivos do atraso se deve a problemas de infraestrutura. Isso porque a alça de acesso que a prefeitura de Jundiaí está construindo, onde fica a fábrica da empresa, não foi concluída. "As obras não ficaram prontas e a empresa precisa desse acesso para escoar sua produção", disse o ministro.
Outro problema, segundo ele, é que a Foxconn atrasou o envio de engenheiros brasileiros para estágio na sua fábrica na China. Segundo Mercadante, houve um atraso na contratação desses profissionais. Ele disse que foram selecionados 175, mas a companhia precisa de mais de 200. "Temos um problema de escassez de mão de obra no Brasil."
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Mercadante afirmou que hoje há oito empresas licenciadas para produzir tablets no Brasil, dentro das regras que oferecem isenção de 31% em impostos federais, além de outras isenções municipais e estaduais. "Em média, os tablets ficarão 40% mais baratos." Entre elas, ele citou, além da Foxconn, a Apple, HP, Samsung, Semp Toshiba e a Positivo. A exigência é que, no primeiro ano, 20% do conteúdo seja nacional e, a partir do terceiro ano, esse porcentual suba para 80%.