Mais um recorde foi quebrado pelo bitcoin neste domingo (26), após a moeda virtual ultrapassar a marca de US$ 9 mil, chegando à cotação máxima de US$ 9.396,30, de acordo com a CoinDesk, uma das maiores consultorias do setor de criptomoedas. No acumulado de 12 meses, o bitcoin aponta valorização de quase 1.200%, com alta de 16,85% somente nos últimos sete dias.
O valor de mercado total do bitcoin chegou a US$ 151 bilhões, segundo a CoinDesk. Com isso, a criptomoeda supera o valor de companhias tradicionais como McDonald’s, Disney e General Electric.
"O preço do bitcoin vem superando, até o momento, o ceticismo dos investidores. Os detentores de bitcoin estão relutantes em vender porque esperam que o preço continue aumentando, e a mesma mentalidade é adotada pelos potenciais compradores", comentou o economista da BMO Capital Markets, Sal Guatieri, em nota a clientes. Para ele, a menos que a psicologia do mercado mude de forma abrupta, "o bitcoin deve continuar a escalada vista nos últimos dias".
A criptomoeda, no entanto, é vista com ceticismo por alguns executivos. Questionado sobre se o JP Morgan tinha corretores que negociam bitcoins, o diretor executivo do banco, James Dimon, afirmou que "se tivéssemos um trader que negociou bitcoins, eu o demitiria. Isso é contra as nossas regras e é estúpido". Para ele, a moeda virtual é "uma fraude" e irá ruir eventualmente.
Na última sexta-feira (24), o presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, disse que a instituição irá coibir ilícitos e bolhas no mercado de moedas virtuais, apesar de ter ponderado que as tecnologias empregadas nas transações das criptomoedas poderão ser utilizadas para outras finalidades. Há duas semanas, o BC publicou um comunicado alertando para os riscos de operações com criptomoedas.