Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
"RoboRoach"

'Barata-robô' é usada para ensinar neurociência

BBC Brasil
12 jun 2013 às 09:34

Compartilhar notícia

siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Um projeto lançado para criar "baratas ciborgues", controladas por celular, será lançado esta semana em uma conferência de tecnologia, entretenimento e design na cidade de Edimburgo, na Escócia.

Um dos lançamentos mais aguardados do evento TEDGlobal, especializado em novas tecnologias, é a chamada barata-robô, ou "RoboRoach" (em referência a cockroach, barata em inglês) - uma invenção do neurocientista Greg Gage.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Sua finalidade é didática, estimulando estudantes a se interessar por neurociênia, mas, mesmo assim, o projeto vem sendo alvo de críticas.

Leia mais:

Imagem de destaque
Nova tecnologia

Kindle ganha versão com tela colorida pela primeira vez com foco em quadrinhos e mapas

Imagem de destaque
Nesta terça

Alexandre de Moraes determina desbloqueio do X no Brasil

Imagem de destaque
Celebrating Popcorn

Doodle do Google celebra pipoca com jogo interativo no estilo battle royale

Imagem de destaque
Tecnologia no aprendizado

Duolingo recebe conversas em tempo real com IA para melhorar aprendizado


Como funciona
Para ser "adaptada", a barata viva recebe uma espécie de mochila, com ligações diretas para os neurônios de suas antenas, que enviam informações para o cérebro por meio de impulsos elétricos.

Publicidade


Segundo Gage, o inseto é submetido então a uma pequena cirurgia com anestesia para conectar os fios às antenas. Os movimentos dos insetos são então controlados por meio de dispositivos como telefones celulares.


"Não é apenas um truque. Usamos a mesma técnica empregada para tratar o mal de Parkinson e os implantes cocleares (auditivos)", explica Gage, que irá demonstrar o que a barata pode fazer.

Publicidade


Para que serve


"O objetivo é criar uma ferramenta para aprender como o cérebro funciona", diz o especialista. Sua empresa, a Backyard Brains, é formada por engenheiros e cientistas que querem mudar a forma como se ensina a disciplina da neurociência.

Publicidade


O o kit de materiais desenvolvidos por eles - que incluem as mochilas removíveis, baterias, eletrodos e baratas - destinam-se principalmente a escolas do ensino médio.


De acordo com Gage, as baratas-robôs foram pensadas para ajudar os professores a ensinar como funciona o cérebro do inseto, com a ajuda da tecnologia.

Publicidade


"É um jeito de entender as propriedades dos neurônios e de aplicar o pensamento crítico à maneira como eles trabalham", diz ele. Segundo o site da empresa, o kit permite que todos se transformem em neurocientistas.


"Fornecemos material para experimentos de neurociência a preços razoáveis, para que estudantes de todas as idades aprendam sobre eletrofísica", diz o site da empresa.

Publicidade


De acordo com os especialistas, grupos de jovens vêm fazendo descobertas interessantes com o inseto ciborgue. Estudantes de Nova York, por exemplo, descobriram que a taxa de resposta a estímulos ou a uma adaptação das baratas, pode ser retardada se ativado de forma aleatória.


"Uma em cada cinco pessoas irá desenvolver uma desordem neurológica na vida, e em muitos casos ainda não há cura. É importante fazer com que as crianças se interessem por neurociência." A empresa espera captar fundos de até US$ 10 mil para desenvolver um hardware nos EUA.

Publicidade


Críticas
Gage afirmou que o lado ético de se trabalhar dessa maneira foi muito debatido, em relação ao tratamento dado às baratas. "Estamos muito confiantes de que o experimento não provoca dor no inseto e de que as baratas continuam a controlar suas vontades, porque se adaptam muito rapidamente e ignoram o estímulo", diz Gage.


No entanto, a Sociedade para a Prevenção da Crueldade contra os Animais no Reino Unido (RSPCA por sua sigla em Inglês), expressou preocupação. "Acreditamos não ser apropriado incentivar crianças desmantelar e desconstruir insetos", disse um porta-voz.

"O fato de um neurocientista estar ‘muito seguro’ de que não está provocando dor não é suficiente. Há muitos estudos fascinantes envolvendo insetos que podem ajudar as crianças a aprender e que não envolvem danos deliberados aos animais", acrescentou.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo