Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Tecnologia

Através de financiamento coletivo, robô-cão guia pode chegar ao Brasil

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
13 dez 2016 às 18:03
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Os cães-guias significam mais autonomia e qualidade de vida para deficientes visuais. Porém, apresentam questões como altos custos para treinamento, restrições para entrada em alguns ambientes e tempo curto de vida dos animais. Pensando em colaborar com os deficientes visuais de maneira mais assertiva, prática e econômica, uma equipe de pesquisadores no Espírito Santo está desenvolvendo um robô cão-guia.

E para criar os protótipos da máquina, foi lançada uma campanha de crowdfunding, um financiamento coletivo via internet por uma plataforma online, a Kickante. O objetivo é arrecadar R$ 100 mil para a produção de dez robôs cães-guias que serão doados a deficientes visuais, permitindo os primeiros testes e possibilitando a sugestão de melhorias para aperfeiçoar o produto. O valor mínimo de doação é R$ 10 e quem doar a partir de R$ 10 mil terá seu protótipo garantido.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Batizado de Lysa, o robô está em fase final de desenvolvimento e a intenção é aperfeiçoá-lo para que em breve o produto possa estar no mercado. Comandada pela idealizadora do projeto, Neide Sellin, a equipe tem atualmente oito pesquisadores envolvidos na criação do cão-guia robô, todos bolsistas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Leia mais:

Imagem de destaque
Concorrente do Steam Deck

Fabricante do Mega Drive no Brasil, TecToy volta ao mercado de games com PC portátil

Imagem de destaque
Geração de melhores resultados

Cientistas de Oxford usam IA para identificar alucinações das próprias IAs

Imagem de destaque
Disputa por espaço

Busca com IA do Google, lançada nesta segunda-feira nos EUA, pode empobrecer a internet, dizem especialistas

Imagem de destaque
"Novos parceiros por toda a vida"

Inteligência artificial será uma nova espécie digital, diz chefe da Microsoft AI


O robô foi apresentado em novembro em evento do Instituto Benjamin Constant, no Rio de Janeiro onde mais de 120 pessoas com deficiência visual tiveram a oportunidade de conhecer Lysa. Em todo o Brasil há cerca de 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual severa e já existe uma lista de espera de 450 nomes interessados em utilizar o produto.

Publicidade


"A campanha é não apenas para permitir a produção dos protótipos, mas também para fazer com que o robô chegue ao público de forma mais acessível possível", explica a idealizadora do projeto, Neide Sellin. Se os resultados da campanha de financiamento coletivo forem os esperados, o custo do robô Lysa no mercado deverá ficar em até R$ 10 mil. "Os cães-guias convencionais exigem despesas para tratamento e criação, além do custo elevado para adestramento, não sendo portanto acessíveis a muita gente. Calcula-se que hoje no Brasil existam menos de 100 cães-guias", comenta Neide Sellin.


Ela lembra que devido à insegurança para circular sozinhos, muitos cegos permanecem reclusos em suas residências, deixando de estudar ou trabalhar, o que as vezes pode significar dificuldades financeiras para eles e suas famílias. "Em muitos casos eles ficam dependentes de outra pessoa, que também tem sua rotina impactada. Estima-se que no Brasil existam 10 milhões de pessoas afetadas de alguma maneira pela deficiência visual", explica.

Publicidade


Para a fundadora e presidente do Kickante, Candice Pascoal, campanhas como a do Cão-Guia Robô são capazes de estimular a procura pelo financiamento coletivo para a concretização de projetos e iniciativas. "O conceito do cão-guia robô deixa claro toda a criatividade e talento dos brasileiros, que cada vez mais desejam investir e fomentar suas ideias. Temos certeza que o projeto será um sucesso, e terá a capacidade de auxiliar inúmeros brasileiros por todo o país", afirma.


Como é o robô Lysa

Publicidade


Com bateria recarregável, o robô Lysa tem funções semelhantes às de um cão-guia convencional. É dotado de dois motores e cinco sensores que avisam ao deficiente visual, por meio de mensagens de voz gravadas, quando há no percurso buracos, obstáculos e riscos de colisões em altura. A intenção é que chegue ao mercado com cerca de 3,5 quilos.


O robô começou a ser pesquisado por Neide Sellin em 2011. "Melhorar a vida das pessoas a partir do desenvolvimento de tecnologias era um sonho antigo, que foi ganhando cada vez mais espaço na minha vida. O projeto deu origem a uma startup e hoje estamos todos determinados a finalizar o produto e disponibilizá-lo o mais rápido possível para o mercado", finaliza Neide.

Publicidade


A aposentada Joelva Gomes, que perdeu a visão na adolescência devido à degeneração macular, é consultora para o desenvolvimento de Lysa. Para ela, a maior dificuldade dos deficientes visuais é escapar de obstáculos que ficam em altura a partir da cintura, como galhos de árvores.


"A gente não consegue perceber esses obstáculos com a bengala, dificilmente você encontra algum deficiente visual que não tenha uma cicatriz da cintura pra cima. O robô vai nos dar maior independência e segurança ao nos alertar de coisas que a bengala não percebe, nos possibilitando ir trabalhar, estudar ou se divertir e voltar para casa de forma segura", diz ela, que é formada em Direito e tem pós-graduação em Docência do Ensino Superior.


A irmã de Joelva, Sandra Pagotto, também é deficiente visual e acompanha a criação do produto. "O robô vai beneficiar principalmente as novas gerações de deficientes visuais, mas mesmo as pessoas de gerações menos habituadas com tecnologia aprendem a utilizá-lo de maneira rápida e fácil", garante.

Mais informações sobre o projeto em http://www.caoguiarobo.com.br/.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade