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Desempenho fraco

As pedras no caminho da reinvenção da AOL

Agência Estado
22 ago 2011 às 09:37

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- Reprodução
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Na semana passada, a AOL reportou novo prejuízo e disse a analistas de Wall Street que não deve se sair melhor no curto prazo: o lucro operacional poderá cair até 20% por conta da queda nas receitas com publicidade. O desempenho fraco suscitou dúvidas sobre os resultados práticos da aposta da empresa para reverter a fase de declínio que já dura uma década: a aquisição do site de notícias The Huffington Post, de Arianna Huffington.

A resposta do investidor foi enfática. As ações da companhia perderam um terço do seu valor em dois dias. "Francamente, a AOL ainda não cumpriu sua promessa", disse Sameet Sinha, um analista da B. Riley & Co. "Tem havido somente uma série de tropeços."

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No entanto, o presidente executivo da AOL, Tim Armstrong, está confiante de que a companhia pode recuperar parte de sua glória. A despeito dos contratempos recentes, ele se diz comprometido em reconstuir a AOL usando como base o conteúdo editorial. Armstrong, 40 anos, está tentando transformar a AOL em uma potência de mídia para compensar a receita perdida em um negócio de acesso à internet. O site tem muito tráfego: 105 milhões de visitantes únicos acessaram a página em julho para usar e-mail, ler fofocas e verificar a previsão do tempo.

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Armstrong, um antigo executivo publicitário de alto escalão no Google, entrou na AOL há dois anos. Ele admite que a reconstrução da companhia vai pelo menos até 2013. Neste meio tempo, deve gastar até US$ 250 milhões dos US$ 459 milhões que a companhia tem em caixa para recomprar parte de suas ações desvalorizadas. A estratégia ajudou as ações a recuperar parte de suas perdas na semana.

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Armstrong também vem investindo pesadamente em novos produtos. Desde a compra do The Huffington Post por US$ 315 milhões, em março, o site ganhou 17 seções, como questões relacionadas a divórcio, paternidade e comunidade latina. Além disso, vai introduzir edições internacionais para Canadá e Grã-Bretanha.


A AOL adicionou 300 jornalistas à equipe do The Huffington Post, na medida em que o site se afastou de suas raízes de agregar cobertura de outras fontes para escrever mais notícias originais. Como diretora de operações, Arianna Huffington é figura chave da companhia. Ela supervisiona sites estabelecidos, como Stylelist, Moviefone e MapQuest, e também aquisições mais recentes, como o influente blog de tecnologia TechCrunch.


Huffington, de 61 anos, citou alguns pontos altos jornalísticos desde a entrada na AOL, incluindo o furo de que o governador Chris Christie, de New Jersey, usou um helicóptero estadual para comparecer a um jogo de beisebol de seu filho. No entanto, o The Huffington Post suspendeu por um breve período uma escritora que teria agregado a seu texto um resumo de conteúdo aparentemente copiado de um artigo do Advertising Age.

Apesar dos solavancos financeiros, a AOL deverá continuar a investir em novos conteúdos. Além de sites regionais de conteúdo nos EUA, a empresa também estuda sua expansão no exterior, para mercados como Brasil, Austrália e França.


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