Tecnologia

Anúncio inteligente 'lê' olhos de consumidor em loja

01 mai 2013 às 10:54

Cientistas da Universidade de Lancaster inventaram um sistema de personalização de anúncios em lojas baseado no movimento dos olhos do cliente.

Chamado de Sideways, o sistema usa um software com câmeras que localiza e identifica o movimento de rostos e olhos, permitindo que monitores de TV troquem anúncios de acordo com os interesses demonstrados pelo cliente na hora de comprar. Os responsáveis pelo projeto disseram à BBC que a nova tecnologia poderá ser usada em lojas em até cinco anos.


Os próprios consumidores também serão capazes de usar os olhos para controlar o conteúdo nas telas, checando itens num lista de produtos. "Usamos uma câmera instalada perto da tela e não precisamos de nenhum equipamento extra," explica o pesquisador Andreas Bulling. "O sistema detecta os rostos das pessoas e mostra onde os olhos estão presentando atenção."


14 pessoas ao mesmo tempo


Bulling desenvolveu o projeto com mais dois colegas da Escola de Computação e Comunicações da Universidade de Lancaster. A maioria dos sistemas de monitoração do olhar existentes até agora era difícil de instalar e só podia ser usado por uma pessoa enquanto o Sideways pode monitorar até 14 pessoas ao mesmo tempo.


Em um vídeo de demonstração, o potencial da tecnologia é mostrado com um comprador examinando capas de álbuns em uma loja de discos.


A chamada "tecnologia do olhar" está virando lugar comum em muitos produtos. A companhia Tobii, apoiada pela IBM, já apresentou protótipos de uma televisão controlada pelos olhos.


Em março, a Samsung lançou o telefone de ponta Galaxy S4, que detecta se o usuário está olhando para o aparelho acompanhando o movimento de seus olhos. "O monitoramento através do olhar é um assunto quente," disse Bulling. "Espero que a tecnologia esteja disponível em pouco tempo."

A novidade pode ser bem recebida pelos consumidores se ela facilitar a maneira como fazem as compras, mas Bulling advertiu: "Se os consumidores não estiverem cientes de que a nova tecnologia está em funcionamento, questões de privacidade poderão ser levantadas."


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