O ginecologista Gilberto Hideki Tanno afirma que não há contraindicações ao uso de absorventes intravaginais
A funcionária pública Rita de Cássia Cavatorta deixa o uso dos absorventes internos para ocasiões que demandam maior discrição
Não dá para esquecer que a menstrução vai chegar todo mês. Neste período, a atenção é dobrada para não deixar transparecer que está ''naqueles dias'', por isso as mulheres optam por produtos que garantam discrição e segurança. Aí entram em cena principalmente os absorventes internos. Esta rotina periódica, entretanto, deve ser tratada com atenção para evitar algumas complicações à saúde. O consumo de absorventes higiênicos é tão alto que estima-se a produção de 4 bilhões de unidades ao ano no País.
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De acordo com o ginecologista Gilberto Hideki Tanno, não há contraindicações ao uso de absorventes intravaginais, inclusive para as virgens. ''Ele não rompe o hímen'', garante. O tamanho deve ser definido de acordo com a estrutura física de cada pessoa. Para facilitar a introdução, o especialista indica o uso de algum lubrificante. É importante ficar em alerta no caso de desconforto para identificar se está mal colocado ou causando irritação - neste caso é necessário retirá-lo. Sobre os perfumados, ele explica que causam irritação somente se a pessoa tiver sensibilidade ao produto.
A troca de absorventes internos deve acontecer a cada três ou quatro horas ou conforme estiverem cheios de fluxo. ''Eles podem ser usados durante o dia, mas à noite devem ser substituídos pelos externos'', ensina o especialista. Ao introduzi-los é fundamental estar em posição confortável e com as mãos bem higienizadas, se possível, lavar a parte externa da vagina a cada troca. Os absorventes externos têm um prazo maior para substituição, de seis a oito horas.
Tanno alerta que o sangue retido no absorvente propicia a proliferação das bactérias Staphylococcus, podendo causar infecção na própria cavidade vaginal ou cair na corrente sanguínea por meio de pequenos cortes no revestimento vaginal e causar infecção generalizada que pode chegar ao óbito se a paciente tiver predisposição à doença ou estiver com a resistência imunológica baixa. A mulher acometida pela síndrome do choque tóxico - termo científico para esta infecção - pode sentir náusea, febre, vômito, diarréia, sintomas típicos de um quadro infeccioso. É necessário procurar auxílio médico imediatamente.
A embalagem do O.B. Mini ou Médio com 16 unidades custa em média R$ 6,98 e com 10 unidades R$ 5,98; o Intimus Mini com oito unidades sai por R$ 3,35 e R$ 6,45 com 16.
'Questão de cultura e hábito'
A funcionária pública Rita de Cássia Rodrigues Cavatorta, de 49 anos, conta que tem preferência por absorventes externos, mas em ocasiões que demandam maior discrição, conforto e segurança, não abre mão dos internos. ''É uma questão de cultura e hábito. A minha geração não foi acostumada a usar estes produtos'', justifica.
''Em situações que exigem mais comodidade, como ao entrar na piscina por exemplo, eu costumo usar o interno porque me sinto mais à vontade'', conta. Ela começou a usar absorvente intravaginal com cerca de 27 anos. Em seu meio de convivência, apenas algumas mulheres fazem uso direto do interno, mas a maioria das mulheres só usa o interno em ocasiões específicas. ''Acredito que as jovens de hoje utilizam mais que as de antigamente''.
Rita lembra que quando começou a ser usado no Brasil, o absorvente interno tinha um custo mais alto que os tradicionais e ''este fator pode também ter influenciado na escolha na hora da compra''.
A nutricionista Renata Trench Rocha também costuma usar absorvente interno raramente. ''No dia a dia o externo é mais cômodo'', diz.
Serviço
Gilberto Hideki Tanno, ginecologista
Rua: Mato Grosso, 1.571, telefone 3334-4293