As piscinas estão cada vez mais populares. Se há pouco mais de uma década só a classe A podia ter a benfeitoria em casa, hoje grande parte da população já tem acesso a esse tipo de lazer no próprio quintal. Além da estabilização da economia nos últimos anos, o ''boom'' das piscinas é motivado pela diminuição dos custos na construção e instalação e pela diversidade de materiais. A popularização do aquecedor solar também tem feito as pessoas utilizarem as piscinas durante quase o ano inteiro.
A piscina de azulejo tem a construção mais cara - uma de 3 por 6 metros pode custar em média R$ 20 mil -, mas é a que tem maior durabilidade. Bem feita e com manutenção adequada, pode durar mais de 40 anos. A revestida de vinil custa em média 50% mais barato do que a de azulejo, mas a vida útil é bem menor: de 8 a 12 anos. Já a de fibra de vidro, cujo custo, na média, é inferior a de vinil, já vem pré-fabricada e dura de 15 a 20 anos.
Em qualquer caso, escolher profissionais especializados para projetar, construir ou instalar; comprar materiais e equipamentos de qualidade e contratar um profissional da área para a manutenção são cuidados que o consumidor deve tomar.
''Todas tem suas vantagens e desvantagens e acabam sofrendo desgaste principalmente pela ação dos produtos químicos'', observa Tiago Berteli, proprietário da Blue Pool, em Londrina. Há 20 anos trabalhando no setor, ele afirma que atualmente tem aumentado a procura por piscinas de vinil, cuja idéia veio dos Estados Unidos há cerca de 30 anos. ''O vinil pode desbotar, furar, mas a maior vantagem é que depois de sete, oito anos você refaz o revestimento de vinil e está com uma piscina nova'', diz.
Quanto à opção de azulejo, Berteli explica que dura mais porque o material tem maior resistência aos produtos químicos. Por outro lado, há o incoveniente da limpeza dos rejuntes, que podem acumular fungos e bactérias. A piscina de fibra de vidro, conforme o empresário, é de rápida instalação, mas a pintura (gel) pode desbotar rapidamente por causa do cloro. Como existem muitos fabricantes da opção de fibra no mercado, os preços são bem variados e é recomendável analisar a qualidade da matéria-prima.
Um diferencial das piscinas atualmente é a presença do aquecedor solar, com valor médio de R$ 5 mil e não tem custo de manutenção. ''Esses aquecedores já chegaram a custar o preço da piscina ou mais, pois eram importados e depois passaram a ser fabricados por poucas empresas no Brasil. Hoje estão bem popularizados e aumentam a utilização da piscina em pelo menos quatro meses no ano, além da primavera e do verão'', diz Berteli, que trabalha com um aquecedor de fabricação própria com sistema automático.
Hoje as piscinas são feitas em diversos formatos e também estão menores devido ao tamanho dos terrenos atuais. ''A metragem usual já foi 4 por 8 (metros), mas a tendência agora é o 3 por 6'', diz o empresário. Quanto aos opcionais, há hidromassagem, iluminação e cascatas, além de barzinhos e bancos de inox dentro da água. A iluminação (submersa), por exemplo, pode ser com lâmpadas dicróicas, de iodo, de fibra óptica e por leds. As chamadas ''prainhas'' (partes mais rasas) são as áreas geralmente mais utilizadas das piscinas e pontos ideais para a instalação de hidromassagem.
Mas a comomidade não pára por aí. Há cerca de um ano, surgiu no mercado o controle-remoto para acionar qualquer tipo de equipamento da piscina, seja hidromassagem, cascata, iluminação, filtragem. ''Você não precisa levantar para fazer mais nada'', repara Berteli.