Os consumidores maringaenses ganharam mais uma opção de compras no final de 2009. A novidade é o Mercadão Municipal, um barracão de 4,5 mil metros quadrados dividido em 117 boxes, incluído a praça de alimentação que fica no mezanino. O empreendimento, onde foram investidos cerca de R$ 3 milhões, é o primeiro do gênero na cidade e tem localização privilegiada, fica em frente ao Estádio Willie Davids, próximo ao centro de Maringá. Outro ponto positivo é o estacionamento próprio e gratuito.
A dona de casa Nair Gaspar tinha chegado há pouco tempo no mercadão e estava satisfeita com o que viu. ''Estou começando a ver, mas gostei, tem de tudo. Faltava algo assim na cidade. Achei interessante a oferta de ervas e produtos naturais'', disse. Para a secretária Andréia Carbone, que aproveitou uma folga no expediente para conhecer o mercadão, o lugar ficou muito bom. ''É bem organizado, bonito, limpo e tem bastante variedade de produtos. Vou voltar com mais tempo e trazer a minha mãe.''
Do que teve tempo de ver, Andréia destacou a diversidade de especiarias e as frutas secas. ''São produtos que procurávamos bastante, mas era bem difícil de achar em Maringá.'' A advogada Karen Gaspar e o marido Matheus Gaspar também elogiaram a variedade de especiarias. ''Tem produtos que encontramos aqui como a manteiga de garrafa e a baunilha em fava, que não vimos em nenhum outro lugar da cidade'', disse Karen.
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O casal que há cinco anos trocou Curitiba por Maringá avaliou que a abertura de um empreendimento como este é bem interessante. ''Gostamos bastante desta proposta da cidade em ter um mercadão. Era uma necessidade de Maringá'', avaliou Gaspar.
Outro casal que aprovou a iniciativa foi Daniel Rodrigues e Priscila Simões, ambos servidores da Justiça Federal. Eles moram a apenas três quadras do mercadão e já começam a se tornar fregueses de alguns boxes. ''Das opções de compras que existem aqui perto, acho que o mercadão tem se mostrado a melhor'', disse Priscila.
Segundo ela, o produto que mais lhe agradou foi o sanduíche de mortadela. ''É muito bom.'' Já Rodrigues gostou da oferta de carnes. ''A barraca que vende carne de porco é a melhor de todos os açougues que trabalham com este produto'', avaliou. Os dois também elogiaram a oferta de vinhos, doces e chocolates. ''São produtos selecionados e de qualidade''.
Já o aposentado Guido Adamucci, que também visitava o mercadão pela primeira vez, fez algumas críticas ao local. Ele acompanhava a esposa que se apresentava com um coral, e reclamou da falta de um espaço destinado às apresentações artísticas. ''O corredor ficou um pouco apertado para o pessoal se apresentar'', apontou. A pastelaria foi considerada pelo aposentado a principal novidade. ''O pastel de bacalhau é interessante. É bem reforçado e caprichado. Achei satisfatório'', afirmou.
Outra consideração de Adamucci, que trabalhou com o comércio de frutas durante muitos anos, é que os boxes deveriam estar separados por setores, o que não acontece. ''A seção de frutas poderia ficar mais reunida e oferecer mais variedades'', disse. Também aposentada, Célia Martins, que já esteve várias vezes no mercadão também gostaria de encontrar uma variedade maior de hortifrutis. ''Aqui têm muitas lojas de presentes. Acho que seria mais interessante se houvesse mais variedades de frutas, verduras e legumes'', contou.
Serviço:
Mercadão Municipal de Maringá
Funcionamento dos boxes
Terça a sexta: das 9h às 20h
Sábado: das 8h às 18h
Domingo: 8h às 13h
Praça de alimentação
Terça a sábado: 10h às 22h
Domingo: 8h às 16h
Variedade em apenas um endereço
‘O ambiente é agradável e esta ideia de concentrar produtos diferentes num mesmo local é ótima’, considerou a professora Loreane Zonta. Ela exemplifica. ‘Antes, se quiséssemos prepara um jantar tínhamos que ir a uma loja para comprar o queijo e depois ir até outro endereço para comprar o vinho’, disse. Já o bacalhau, revela Loreane, o marido comprava no Mercado Municipal do Shangri-lá, em Londrina. ‘Acredito que agora vamos encontrar tudo aqui’, considerou.
Para a professora, outras lojas que chamaram a atenção no mercadão de Maringá foi o box que só trabalha com pimentas e outro especializado em temperos. ‘Estou aqui pela segunda vez. Vim comprar alguns temperos. Busco coisas diferentes que se usam em outros países e estou encontrando aqui’, contou.
No mercadão também funciona um empório com produtos importados, uma loja especializada em produtos nordestinos, peixaria, açougues especializados em cortes de suínos, bovinos e de aves, entre outros. Na praça de alimentação tem comida típica brasileira, oriental, à la carte e grelhados. ‘Aqui temos uma variedade que faltava em Maringá’, avaliou Loreane.
Que tal um filé de calda de jacaré?
Para quem pensa em inovar no cardápio, no Mercadão Municipal de Maringá também é possível comprar carnes exóticas como a de jacaré, javali, coelho ou rã. Não é barato, mas segundo a gerente do açougue especializado, Natália Paixão, a procura é grande, com destaque para o jacaré. ‘É uma carne que se encaixa entre o frango e o peixe, mas ela é mais firme e não desmancha’, conta.
A melhor parte e também a mais cara, de acordo com Natália, é o filé da calda sem osso, que custa R$ 65,90 o quilo. Mas também é possível comprar um jacaré inteiro por R$ 35 o quilo. ‘Se o cliente quiser, a gente passa receitas, dá dicas de tempero e de preparo. O mais comum é fazer frito ou grelhado, igual se prepara um peixe’, diz.
Natália conta que para vender carnes exóticas precisou encontrar criadores autorizados pelo Ibama. ‘Temos uma procura grande de carne de paca e cobra, mas não conseguimos achar produtos legalizados para comercializar. Aqui é comum recebermos fiscalização do Ibama, que exige a nota fiscal destes produtos’, explica.
Das carnes vendidas, o jacaré vem de um frigorífico de Cárceres, no Mato Grosso. O javali, o coelho e a rã são adquiridos junto a criadores do Estado de São Paulo e o avestruz, outra iguaria comercializada no açougue, vem de Umuarama. Além das carnes mais exóticas, o açougue oferece carne de cabrito, cordeiro e cortes tradicionais de bovinos.