Com o aumento da frota de carros, o trânsito nas cidades ficou mais complicado. A opção por duas rodas pode ser simplesmente para fugir do caos do trânsito das grandes cidades ou fugir do sistema de transporte público. Opção essa que corresponde a 40% do mercado de motos, segundo dados da Associação Brasileira de Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). O resultado desta procura é refletida em números do setor: nos últimos 12 anos a procura por motos cresceu 383%, segundo a Abraciclo.
O público é formado em sua maioria por adultos jovens (21 a 35 anos), 40% do total vendido. Apesar da maioria das motos vendidas serem de baixa cilindrada (83% têm entre 101cc e 150cc), ainda assim, alguns cuidados devem ser observados na hora da compra. Como os veículos, as motos possuem alguns itens de segurança obrigatórios e outros opcionais.
Um dos itens obrigatórios e exigidos pela lei é o uso do capacete de segurança. Produto, segundo o empresário curitibano Emílio Caldeira, dono de um blog sobre segurança em motocicletas, o capacete é indispensável. Caldeira pilota motos há pouco mais de quatro anos, mas admite ter tido muitas dúvidas sobre como assumir a direção do veículo com segurança. ''Comecei a pesquisar na internet sobre o assunto, assim surgiu a ideia de montar meu blog sobre pilotagem''. O blog de Caldeira é um dos mais acessados sobre o assunto e nele é possível encontrar dicas sobre a pilotagem e segurança de motos.
O capacete deve estar sempre afivelado, o que impede o equipamento de sair da cabeça do motoqueiro em uma eventual queda. A opção deve ser sempre pelo equipamento que apresenta selo do Inmetro, pois assegura a qualidade do produto. O tamanho também precisa adequar-se à capbeça do piloto para que o capacete não se mova com o vento ou seja desconfortável. É importante lembrar que os capacetes tipo ''coquinho'' são proibidos por lei, pois não oferecem proteção adequada.
Alguns equipamentos de segurança ainda não são muito conhecidos por aqui. Um destes é o colete cervical. Uma espécie de carapaça com a função de reduzir danos à coluna do motoqueiro em caso de acidente. O investimento neste tipo de proteção é relativamente baixo, levando-se em consideração sua utilidade e redução de danos potenciais. ''Quando o motoqueiro cai, sua primeira reação é colocar o braço para se proteger, com o colete isso não se faz necessário e a pessoa evita assim uma possível fratura'', lembra Caldeira que conta com algumas quedas em seu currículo.
As roupas usadas para trafegar també contribuem para a segurança. O motoclista sempre deve optar por roupas mais claras, o que facilita sua visualização, especialmente à noite. Peças de tecidos mais resistentes podem aumentar a proteção e impedir pequenas lesões, como as jaquetas podem ser impermeáveis ou não. Elas são mais comuns em dias de chuva, porém, mais recentemente foram também adaptadas para o uso em dias ensolarados.
A empresa Ira, fabricante de acessórios para motos, desenvolveu uma jaqueta que pode ser usada no verão. Segundo Eduardo Ugaji, coordenador de marketing da marca, a empresa inovou ao criar novas roupas para quem faz uso do veículo no dia a dia. As jaquetas possuem proteções nos ombros e cotovelos, principais áreas atingidas em acidentes, além de uma proteção cervical. As jaquetas tem como diferencial a remoção de sua parte interna, o que permite ao motoqueiro usar o produto em dias mais quentes. ''O tecido é 100% impermeável, e pode ser usada em dias de chuva também'', comenta Ugaji.
Pilotagem Segura
Para garantir a segurança no trânsito, é fundametal que o motociclista utilize equipamentos e vestuário adequados:
Capacete
Sempre afivelado e com tamanho que se encaixe à cabeça. Escolha apenas os que têm selo do Inmetro, pois assegura a qualidade do produto. Mantenha a viseira sempre limpa. É importante que o capacete tenha o adesivo refletivo, que faz com que o motoqueiro seja mais notado principalmente à noite.
Roupas
Use roupas claras, que facilitam a visualização, especialmente à noite. Escolha os trajes feitas com tecido resistente, o que aumenta a proteção. As calças devem ter a boca estreita para evitar qeu se prendam na corrente da moto. Jaquetas com zíper e punhos justos facilitam os movimentos.
Luvas
As luvas de couro permitem maior aderência das mãos nos comandos, sem perder a sensibilidade e garantindo a proteção.
Calçados de Couro
Dê preferência às botas resistentes, com salto baixo e sola de borracha, sem acessórios que possam se prender nos pedais e correntes. Também é permitido usar sapatos fechados, contanto que não dificultem a pilotagem.
Fonte: Abraciclo
Preços dos acessórios
1- Capacete: de R$ 35 a R$ 8.000
2 - Luva de couro de R$ 30 a R$ 1.200
3 - Bota impermeável de R$ 240 a R$ 1.500
4 - Colete cervival de R$ 550 a R$ 1.800
5- Jaqueta impermeável de R$ 250 a R$ 900
6- Calça impermeável de R$ 399 a R$ 1.500
Fonte: J.Vargas Motos, Rua Isaak Ferreira da Cruz, 4361, Sítio Cercado