Uma forma alternativa de se locomover sem ruído e emissão de poluentes. É a proposta do primeiro veículo elétrico fabricado no Brasil que acaba de chegar a Londrina. Batizado de Vilco (Veículo Inteligente Livre de Combustível Orgânico), o carrinho é individual e tem foco no lazer e na utilização em parques industriais. ''Também pode ser usado por moradores de condomínios horizontais ou por vigilantes. Nos Estados Unidos, veículos elétricos são usados pela polícia e também por carteiros'', diz Marcos Rodrigo Ferreira, sócio-proprietário da Eletro Londrina, que comercializa o carrinho há menos de um mês.
Lançada no Salão Duas Rodas (Feira Internacional de Motocicletas), em outubro, em São Paulo, a novidade tem atraído a atenção das pessoas que entram na loja. Para quem se interessa, o empresário faz uma demonstração ali mesmo ou oferece um ''teste-drive''. Segundo Ferreira, o Vilco atinge velocidade de 20 quilômetros por hora e, portanto, não tem capacidade para substituir uma moto. ''Só pode ser utilizado na rua da forma como trafega uma bicicleta. É um veículo para curtas distâncias'', esclarece.
Com quatro rodas - duas maiores na frente e duas menores atrás - o carrinho tem o deslocamento impulsionado por meio da energia armazenada em baterias recarregáveis. ''Com carga de seis horas é possível percorrer de 30 a 40 quilômetros'', diz Ferreira. Tem farol de led, luz de freio, freio a disco nas quatro rodas, buzina e reboque para carga com capacidade de até 150 quilos. O veículo é dobrável (cabe num porta-malas de carro) e a coluna de direção tem ajuste de altura, o que facilita a utilização por crianças.
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''Pode ser usado por crianças que já tenham boa noção de direção e equilíbrio e, é claro, que estejam sempre acompanhadas por um adulto'', destaca Ferreira. Ele conta que possui um carrinho em sua casa, em um condomínio horizontal. ''Toda a minha família usa para se locomover para a áera de lazer, ir até a portaria pegar uma correspondência'', conta.
Por ter recebido o produto no período de festas de final de ano, até a semana passada o empresário ainda não tinha comercializado nenhuma unidade. Mas ele diz que já há interesse. ''O pessoal está conhecendo agora. Já houve clientes interessados para uso em indústria e também para lazer. Sabemos de uma empresa que utiliza carrinhos de golf (movidos a combustível) no seu interior para deslocamento de funcionários, e pode vir a substituí-los'', diz.
Para pessoa jurídica, o preço do Vilco - R$ 5.490 - pode ser parcelado em até 48 vezes pelo cartão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Apesar de não ter valor acessível para a maioria dos consumidores, Ferreira diz que o carrinho é mais barato que a versão norte-americana. Segundo ele, o Segway - lançado em 20002 - chega ao Brasil com preço em torno de R$ 30 mil.
Outra vantagem do carrinho brasileiro sobre o importado, conforme o empresário, é o fato de ser mais seguro. ''O norte-americano provoca muitos acidentes. Ele tem duas rodas e trabalha com uma rede de sensores. Você projeta o corpo para a frente e ele entende que é para ir para a frente'', diz ele, citando o célebre tombo do ex-presidente George W. Bush ao utilizar o carrinho.
O carrinho nacional é fabricado por uma empresa de Porto Alegre, que tem tradição na produção de climatizadores elétricos. Segundo Ferreira, o próximo passo é a criação de um veículo elétrico para duas pessoas.