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O planeta agradece

Lâmpadas fluorescentes: economia e durabilidade

Gisele Mendonça - Folha de Londrina
19 jun 2009 às 08:31

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Márcio Garcia, comerciante: ‘‘De dez lâmpadas vendidas sete são fluorescentes compactas’’ - João Mário Góes/Equipe Folha
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Optar por lâmpadas que consomem menos energia é uma decisão que causa impacto não apenas no bolso do consumidor, mas em todo o planeta. É sabido que a redução do consumo nesse campo reflete de forma positiva sobre o meio ambiente, já que são minimizadas as necessidades de geração de energia. As lâmpadas fluorescentes duram de seis a oito vezes mais e são até 80% mais econômicas do que as incandescentes.

No mundo inteiro existem campanhas para a substituição das incandescentes. No Brasil, apesar do incentivo às fluorescentes por parte do governo, as anteriores ainda representam boa parte das vendas. Um dos motivos é o preço: enquanto as incandescentes custam entre R$ 1,50 a R$ 2,50, a maioria das fluorescentes compactas fica na faixa de R$ 7 a R$ 11.

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Mas a falta de informação também pesa. "É importante observar que mesmo fazendo um investimento um pouco maior na fluorescente, em poucos meses já é possível passar a ter economia significativa", afirma o engenheiro eletricista Fábio Renan Durand, professor da Universidade Norte do Paraná (Unopar).

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Ele repara que a incandescente hoje é uma grande vilã. Neste tipo de lâmpada, a corrente elétrica passa por um fio chamado tungstênio, o qual emite a luz. "Só que a energia elétrica, um pouco vai para iluminação e muito para calor. Portanto, perde muita potência com o calor", diz. Na fluorescente, conhecida como luz fria, o reator excita um gás contido em seu interior, que libera luminosidade.

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Um dos problemas das fluorescentes em geral é que quando essas lâmpadas são quebradas liberam gás tóxico. Portanto, o produto não pode ser descartado em lixo comum (leia matéria nesta página).


Na hora da compra, o professor destaca que é importante observar todas as informações contidas no rótulo e principalmente os selos do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) e do Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica), que indica ao consumidor os produtos mais econômicos em termos de consumo de energia. "Se o selo trouxer a letra A, a lâmpada é extremamente eficiente", reforça Durand.

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Além da escolha certa do produto, o consumidor deve instalar lâmpadas compatíveis com o ambiente. "Algumas pessoas compram lâmpadas de 150 watts para um ambiente em que uma de 75 watts seria suficiente", repara. Outra observação é quanto à cor das paredes. "Quanto mais clara a parede, mais a luz reflete nela e volta para o próprio ambiente", completa Durand. São dicas que devem ser levadas em conta, pois, dependendo da residência, as lâmpadas podem representar até 25% do consumo de energia total.


Mercado das fluorescentes compactas está crescendo

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O mercado das lâmpadas fluorescentes compactas está crescendo. Em algumas lojas especializadas, elas já são campeãs de vendas para residências. "De cada dez lâmpadas vendidas, três são incandescentes e sete fluorescentes compactas", diz Márcio Garcia, sócio-proprietário da Eletro Ville Materiais Elétricos, em Londrina.


Ele observa, porém, que o consumidor em geral ainda compra lâmpada por impulso, junto com demais produtos para a casa, optando pelas mais baratas. Mesmo entre aqueles que compram a fluorescente compacta, muitos acabam não observando que esse produto tem garantia de até um ano. Portanto, é preciso guardar a nota fiscal.

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Na época do apagão, em 2001, as compactas passaram a ser mais procuradas e de dois anos para cá ficaram mais populares, observa Garcia. Os preços também estão baixando. "Na época do apagão chegamos a vender lâmpadas a R$ 42; não tinha produto para atender a demanda", lembra o comerciante. Ele informa que desde o apagão, as compactas passaram a ter Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) zero.


Quem está acostumado a levar para casa a lâmpada mais barata, deve observar alguns detalhes se quiser substituí-la. "Se você usa incandescente de 60 watts e deseja uma fluorescente equivalente, é só dividir por quatro. Então, irá comprar uma lâmpada de 15 watts", detalha Márcio. Ele diz que existem compactas de 5 a 85 watts. Apesar de todas as informações estarem na embalagem, sempre é bom esclarecer dúvidas na hora de comprar.

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Uma preocupação em relação às fluorescentes é quanto ao descarte. Quando quebradas, essas lâmpadas liberam um gás tóxico (o interior do tubo é revestido com uma poeira fosforosa contendo diferentes metais), portanto devem ir para uma reciclagem especial. Ainda não há comprometimento por parte dos fabricantes em recolher o produto, mas há lojas que tercerizam a reciclagem. "Quando a pessoa compra uma fluorescente aqui, tem direito de trazer outra para reciclar sem custo. Caso contrário, ela paga R$ 0,50 para descartar cada lâmpada", informa Garcia, que encaminha os produtos para uma empresa de Apucarana. (G.M.)


Compare os tipos

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Incandescentes
Preço: de R$ 1,50 a R$ 2,50
Vida útil: em média mil horas


Fluorescentes compactas
Preço: R$ 7 a R$ 11
Vida útil: de 6 a 8 mil horas


Economia:


Uma incandescente de 100 watts acesa quatro horas por dia durante um mês vai custar R$ 6 na conta de luz. O mesmo consumo de uma fluorescente compacta de 25 watts (cuja eficiência de luminosidade equivale à incandescente de 100 watts) custa R$ 1,50 por mês. Levando em conta a economia mensal de R$ 4,50, no prazo de dois meses a fluorescente compacta já se pagou.


Na hora de comprar

- Optar pelas marcas mais conhecidas.
- Observar se existe o selo do Inmetro e do Procel.
- Analisar o ambiente que se quer iluminar; as lâmpadas amarelas dão mais conforto visual e são indicadas para salas, quartos; as brancas são para cozinhas, áreas de serviço, escritórios.


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