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Controlado

Esporte na frequência certa

Victor Lopes - Especial para Folha
12 fev 2010 às 11:27

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Sandro Barioni de Matos: frequencímetro contribuiu para melhorar o desempenho das corridas - Olga Leiria/Equipe Folha
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Uma atividade física eficiente, controlada e, principalmente, sem riscos à saúde. Com a corrida, ciclismo, triathlon e outros esportes individuais em alta, monitorar a própria frequência cardíaca pode ser uma ótima arma para treinar na intensidade adequada, melhorar o desempenho e otimizar o tempo dos exercícios. Nas prateleiras das lojas esportivas especializadas, opções de frequencímetros não faltam: dos mais simples até modelos extremamente específicos e sofisticados, que geram informações que ultrapassam a dos batimentos do coração.

O vendedor Daniel Mendes Augusto, da loja Tecno Sport, conta que a maioria dos clientes que procuram os frequencímetros (ou monitores cardíacos), já tem ideia de como funcionam porque tiveram orientação especializada de médicos ou educadores físicos. O esportista sabe que através de um controle da frequência cardíaca na atividade pode alcançar seus objetivos mais rapidamente, e com eficácia. ''Através de cálculos individuais feitos por profissionais da área, é possível descobrir a frequência cardíaca mínima e máxima de cada um, perda de calorias exatas e outras dezenas de dados'', explica.

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Informações que variam conforme o que o consumidor procura no aparelho e também da atividade que pratica. Geralmente, os monitores mais básicos acompanham um relógio de pulso (que indica a frequência cardíaca e a hora) e uma fita peitoral flexível, responsável por medir os batimentos. ''As marcas mais procuradas são uma finlandesa, que inventou esse sistema, e uma americana. Alguns modelos são específicos para cada modalidade. Por exemplo, o modelo 'fitness' pode marcar o intervalo entre as séries de exercícios; o modelo 'run' mostra o tempo por volta das corridas; e o 'cycling' aponta a velocidade da bicicleta'', exemplifica o vendedor.

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Os modelos mais procurados por quem quer começar uma atividade física com qualidade são os que possuem a chamada ''zona alvo''. Através dessa ferramenta, o esportista sabe se está correndo na frequência ideal, com bom rendimento. ''Se a pessoa ultrapassa a 'zona alvo', para menos ou mais batimentos, o relógio começa a apitar e faz o esportista diminuir ou aumentar o ritmo. O aparelho funciona quase como um personal trainer, te monitorando durante o exercício'', relata Mendes, que salienta que esses frequêncimetros custam a partir de R$ 260. ''Os mais em conta, sem 'zona alvo', custam R$ 230. Os modelos mais incrementados, com ferramentas diversas, ultrapassam os R$ 1,7 mil'', relata Mendes.

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O advogado Sandro Barioni de Matos, 30 anos, há seis meses utiliza um frequencímetro. Quando começou a correr mais intensamente, sentia falta de ar, e não sabia se estava se exercitando corretamente. Ao iniciar os treinos de triathlon, seu treinador indicou um monitor cardíaco. ''Adquiri um básico de R$ 150. Peguei umas dicas com o treinador e as corridas melhoraram bastante'', comenta o advogado.


Com o envolvimento cada vez maior com a modalidade, Barioni pretende investir em um modelo mais sofisticado. ''Sinto falta da ferramenta que aponta as voltas. Por marcar os tempos por quilômetro, posso saber se estou subindo ou baixando o tempo. Quero comprar um modelo com GPS, onde é possível escolher o melhor percurso, entre outras ferramentas que agora, com treinos mais fortes, considero importantes'', completa Sandro, que espera gastar R$ 600.

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Acompanhamento profissional é fundamental


Apesar da infinidade de ferramentas que os frequencímetros oferecem, eles podem se tornar aparelhos ineficientes se o consumidor não souber como interpretar as informações.

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O coordenador do grupo de corrida da academia Adom Fitness, Luís Antônio Araújo, ressalta a importância dos esportistas terem um acompanhamento médico ou de um profissional de educação física. ''Basicamente, o monitor cardíaco vai indicar a intensidade do exercício. Se a frequência cardíaca está mais alta, mais energia está se gastando na atividade. Entretanto, é preciso saber calcular as frequencias mínimas e máximas de cada um, para não subestimar e nem superestimar a condição física da pessoa'', afirma.


O professor indica o uso dos frequencímetros a seus alunos visando uma atividade física segura. ''Ele (o aparelho) funciona como um acompanhante, que bem programado, não deixa ultrapassar os limites traçados. Para meus alunos que estão acima do peso, ele me ajuda a criar alternativas de treino para fazê-los aumentar a frequência cardíaca, mas sem forçá-los, por exemplo, a uma corrida'', conta.

Araújo aproveita e dá uma dica de como manter o monitor cardíaco funcionando perfeitamente durante a atividade. ''Além do contato direto da fita com o peito, umedecê-la com água antes de colocá-la é fundamental para que funcione bem desde o começo do exercício'', finaliza.


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