Seu bolso

Cuidados na hora de contratar babá

11 ago 2009 às 11:49

Contratar babá é uma tarefa que gera preocupação. A insegurança dos pais é comum na hora de escolher com quem deixar os filhos. Mesmo quem normalmente não precisa do serviço passou a pensar no assunto nas últimas semanas com a suspensão das aulas para evitar a disseminação do vírus da gripe A. Nas agências especializadas nesse tipo de mão de obra, a procura por profissionais cresceu até 50% em Londrina.

Nesta época, o mais comum é a contratação de babás temporárias - por um dia ou mais. As empresas que selecionam e qualificam essas profissionais são um dos caminhos para a contratação do serviço. Geralmente, dispõem de candidatas com perfis variados: desde aquela que combina a função de babá com os cuidados da casa até as profissionais com formação em áreas como enfermagem ou pedagogia.


Desde abril na cidade, a Kanguruh - que atua em rede nacional - tem atualmente um cadastro de 15 candidatas aptas a cuidar de crianças. São mulheres a partir de 20 anos de idade, que passaram por avaliação psicológica e treinamento, envolvendo assuntos como alimentação, higiene, segurança, cuidados básicos com bebês, brincadeiras, ética profissional, entre outros.


Segundo as sócias-proprietárias da empresa, Fabiana Martelozo de Souza e Eni Maria Rosa Martelozo, para serem aprovadas as candidatas fazem uma prova, cuja nota tem que ser no mínimo 8. Além disso, são checados os empregos anteriores e a existência de antecedentes criminais. Quando a babá chega à casa da família, responde um questionário juntamente com os pais, e na saída o contratante preenche um relatório falando como foi o serviço.


Ela informa que os pais podem fazer a escolha da babá pelo próprio site da empresa, onde poderão conferir vídeos das candidatas. Os preços para babás temporárias, nesta época de recesso escolar, estão sendo fechados na maioria dos casos em pacotes. A média é de R$ 200 para o período de segunda à sexta, durante oito horas diárias. Mas também é possível requisitar o serviço por dia.


Vera Moraes, proprietária da Angele Dei, empresa que trabalha com treinamento e colocação de babás no mercado de trabalho, afirma que além do aumento da procura por profissionais, nas últimas semanas várias famílias também pediram para dobrar o turno das funcionárias. ''São famílias cujos pais trabalham o dia todo e não têm com quem deixar os filhos'', observa Vera.


A empresa possui um cadastro de 100 candidatas. ''Temos desde a babá doméstica, que também faz serviços de casa, até aquelas com curso superior'', diz Vera. Para babás temporárias, ela explica que as famílias podem propor pacotes - tomando como base o salário mínimo do Paraná - ou pagar por dia. A média da diária é de R$ 30 a R$ 40. O contato com a empresa pode ser feito pessoalmente, por telefone ou via internet. ''A pessoa preenche o cadastro falando o que quer e nós vamos achar uma profissional com o perfil requisitado'', esclarece.


O cadastro é composto por candidatas acima de 18 anos, que tiveram checadas toda a documentação pessoal e as referências de trabalhos anteriores, além de terem passado por avaliação psicológica. Várias são treinadas pela empresa. ''Oferecemos 25 cursos gratuitos (nutrição, psicologia do desenvolvimento, brincadeiras, entre outros). A adesão é voluntária. Depois da contratação, a mãe também pode encaminhar a babá para os cursos'', explica Vera.


Serviço


Angele Dei: (43) 3322-8197 e (43) 9118-0130
Kanguruh: (43) 3029-4534 ou (43) 9919-2505 / (43) 9950-3788


Agências garantem tranquilidade às mães


A administradora Milene Marco Machado contratou uma babá para cuidar da filha, Lara, de sete meses, e também ajudar nos serviços da casa. Para escolher a profissional, ela recorreu à uma empresa especializada e diz que está satisfeita com o resultado. ''Fiquei com medo de contratar sem nenhuma referência. E a agência nos dá esse respaldo, fornece a ficha completa e a avaliação psicológica'', diz.


O caso de Milene não tem a ver com o recesso escolar, já que a filha dela não frequenta berçário. ''Como pretendo voltar a trabalhar quando a Lara completar um ano, contratei a babá por meio período agora para minha filha já ir se acostumando'', diz.


A analista de recursos humanos Fabiana Santos escolheu por meio de agência uma babá para cuidar do filho, Igor, de 6 anos, enquanto trabalha. O garoto frequenta escola em período integral e não tem com quem ficar durante o recesso escolar.


''A gente vê tanta notícia de babá que maltrata criança, que dá medo na hora de escolher uma. Na agência, escolhi uma candidata do cadastro e ainda participei de entrevista para conhecer melhor a pessoa. Isso me tranquilizou'', diz ela, que contratou o serviço por cinco dias.


Psicóloga orienta checar referências


‘Um dos profissionais mais difíceis de se contratar são as babás, tamanha é a preciosidade que você coloca nas mãos delas’, avalia a psicóloga organizacional Caroline Nunes Pedrazani. Segundo ela, escolher uma profissional por conta própria ou por meio de agência exige muita cautela por parte da família.


‘O ideal é checar tudo. Ligar para famílias de empregos anteriores e verificar desde pontualidade até comportamento com a criança. É fundamental saber, por exemplo, se a pessoa é calma e como reage em determinadas situações. E se alguma mãe anterior disser que não quer falar a respeito, desconfie’, orienta.

Depois da contratação, Caroline diz que a família deve observar com atenção o trabalho da babá. ‘A confiança é construída’, repara. Uma dica para as mães que passam muito tempo fora de casa é, em alguns dias, chegar fora do horário combinado para avaliar o trabalho. Também é importante prestar atenção ao comportamento da criança em relação à babá.


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