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Compra de roupas pela internet: uma opção

08 nov 2010 às 13:04

Comprar roupas ou acessórios ligados à moda ainda não faz parte do hábito do consumidor on-line brasileiro. Pesquisa do byMk, rede social especializada em moda, analisou tendências do e-commerce entre 1.193 internautas cadastrados no site.

Entre as principais causas que afastam os consumidores deste universo de compras estão as dúvidas sobre o caimento e modelo da peça, citado por 25% dos entrevistados.


Na avaliação do CEO da empresa de marketing digital Cookie Web, Natan Sztamfater, este fator pode ser explicado pela falta de padronização que acomete as marcas de roupas no Brasil.


"Existe [no Brasil] uma grande dificuldade com relação à padronização e medidas do vestuário, pois cada marca tem a sua medida. Com isso, a pessoa não sabe mais qual é o seu tamanho".


Segundo ele, esse problema dificulta a evolução do comércio de vestuário pela internet.


Outro ponto de relevância nos resultados da pesquisa foi a desconfiança do cliente em trocar uma peça comprada pela internet, no qual o nível atingiu 21% dos entrevistados.


"A devolução também está ligada à falta de padronização dos tamanhos. Quem compra errado, já não sabe se poderá devolver a peça", afirma Sztamfater.


Embora os consumidores ainda não sintam-se seguros com relação à troca, muitos ignoram esse medo, em função de optarem por lojas e marcas que já conhecem.


Para se ter uma noção, cerca de 12% das pessoas não adquirem produtos por não saberem suas medidas, de acordo com a pesquisa.


"Só o tempo irá mudar isso. As grandes marcas do Brasil não são tão antigas quanto as americanas ou europeias. Lá, o cliente se sente mais seguro com as medidas, por exemplo", avalia o empresário.


Segurança


A segurança ao colocar dados de cartão de débito ou crédito na loja virtual foi lembrada por 21% dos entrevistados. O percentual, explica Sztamfater, tende a cair em decorrência da confiança elevada dos brasileiros para digitar numero de cartão na Web.


Conforme os dados da pesquisa, entre as formas de compra, 31% pagam à vista, 28% parcelam se não tiver juros, 15% parcelam com ou sem juros, 18% compram com cartão de crédito e apenas 8% usam débito online ou boleto.


Dos internautas que compram, 21% adquirem roupas; 30%, maquiagem; 16%, joias; 26%, acessórios; 19%, calçados; e 9% adquirem peças de lingerie e praia.


O e-commerce de vestuário ainda poderá sofrer uma alteração positiva em seu cenário. Segundo Sztamfater, existe um número substancial de lojas do Bom Retiro, local onde se encontram inúmeras confecções brasileiras, que não estão online.

"Existe um potencial dessas vendas crescerem, ainda mais quando essas lojas entrarem na rede. Após esse processo veremos um boom da moda virtual".


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