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Como facilitar a vida do alérgico

23 jul 2010 às 09:46

Dermatites, asmas alérgicas (bronquites) e outras complicações do gênero requerem cuidados especiais a fim de evitar o contato da pessoa com o agente que desencadeia as crises. Isso se traduz em munir o alérgico de produtos especiais para a pele, roupas de cama e até mesmo artigos de decoração da casa como tapetes e cortinas.

Dependendo da alergia, há pessoas que precisam se privar da convivência com animais de estimação como gatos e cachorros e muitas vezes trocar peças internas da casa para evitar o desencadeamento de crises.


Mesmo para quem não sofre de alergia, a estação do inverno provoca alguns problemas, típicos desta época do ano. ''Geralmente esquentamos mais a água no banho no inverno e isso irrita a pele e exige que pessoas não alérgicas precisem adotar medidas'', fala a alergologista e pneumologista pediátrica Rosaly Vieira dos Santos.


Segundo dados de 2009 da Organização Mundial da Saúde (OMS), 40% da população mundial possui algum tipo de alergia. O clima frio dos estados do Sul do Brasil não é causa, mas agrava o quadro de saúde das pessoas que sofrem com o problema.


Facilidade na hora de limpar a casa é tudo que uma pessoa que sofre com alergias precisa. ''Os cômodos não devem acumular tecidos e precisam receber boa circulação de ar'', diz a coordenadora de pós-graduação em Projetos de interiores do Centro de Educação Profissional em Decoração, Artes e Paisagismo (Cepdap) de Curitiba, Arabella Galvão.


Cortinas de tecido exigem esforço extra na hora da limpeza. Optar por trilhos suíços ao invés dos convencionais simplifica a retirada da cortina para o transporte. O funcionamento do trilho suíço - que pode ser estilo persiana chamado Sistema Wave (R$ 134 a R$ 154 com todos os mecanismos inclusos) - facilita a retirada para lavar. Há a opção americana do trilho suíço, onde a cortina escorrega facilmente por estar presa por um engate e não por uma costura, acrescenta Arabella. O metro da peça custa R$ 24 na Decor-Lar, em Curitiba.


Como o voil e os black-outs especiais são tecidos mais leves e acumulam menos pó são mais indicados nos cômodos das pessoas alérgicas. Fazer alças de tecido para as cortinas e encaixá-las em varão, abrindo mão dos trilhos, é outra alternativa para reduzir o trabalho de limpeza da peça. Vale lembrar também que optar pelas persianas verticais ao invés das horizontais poupa trabalho para tirar o pó das aletas. É possível encontrar voil a partir de R$ 8 o metro e black-out a partir de R$ 12.


O que pouca gente sabe é que já existem materiais de revestimentos para móveis de bancadas em madeira feitas com chapas de MDF que eliminam a propagação de bactérias. O revestimento contém uma substância chamada melamínico com microban que evita o acúmulo de pó na superfície. As chapas são da Duratex e o preço varia de R$ 110 a R$ 240, conforme a espessura da chapa, que pode ser de 6, 15 ou 18 milímetros.


Em relação ao uso de tapetes, é preferível optar pelos modelos com maior porcentual de poliamida pois reduzem a aderência de sujeira nas tramas. Tapetes de polipropileno, plásticos também são anti-ácaros e podem amenizar o problema. Na Casa Nova, o metro do tapate de poliamida está a partir de R$ 550. De polipropileno não ultrapassa R$ 300. Quanto mais fechadas forem as tramas melhor para não fixar tanta poeira. Tapetes em couro e os emborrachados de EVA, especialmente no quarto das crianças, são as melhores opções.



Mercado inova na oferta de produtos


A empresária Cândida Almeida ao decorar o quarto de brinquedos dos meninos Antonio, 2, e Henrique, 5 descartou o uso de cortinas para que o ambiente receba luminosidade. O piso é inteiro coberto pelos EVA's (placas emborrachadas) que se encaixam entre si como um quebra-cabeças. Além de absorverem o impacto, o revestimento emborrachado foi a melhor opção pois, como as crianças brincam muito no chão, o material ajuda a não acumular pó e é bem fácil de limpar. Nas Lojas Xiquitas de Curitiba, o jogo de EVA's custa R$ 49 e vem com oito peças de 30 x 30 cm cada um, de diversas cores.


Uma outra novidade que chegou em benefício dos alérgicos vem da rede de hotéis Bourboun que oferece suítes para o público mais sensível. Há lojas especializadas em vender roupas de cama para alérgicos como as capas para colchão antiácaro, que podem ser adquiridos na Alergocenter, em Curitiba. As fronhas para travesseiros custam R$ 35. As capas de colcão solteiro R$ 153 e R$ 217 o casal padrão. ''Após cinco anos de uso estima-se que 5% do peso do colchão seja de acúmulo de ácaros'', avisa a vendedora Mari Oliveira, da Alergocenter.

A Loja Fom também vende travesseiros e almofadas, puffs, rolos e encostos antialérgicos, antibacterianos e atóxicos. O travesseiro da Fom custa de R$ 149 a R$ 179. É possível encontrar outros produtos no site da marca: www.fom.com.br.


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