O consumo de chás em saquinhos supera o da bebida pronta para beber nas estatísticas tanto de fabricantes como nas de casas especializadas em servir estes produtos. A bebida quente é unanimidade entre os consumidores, ainda mais na Região Sul onde o clima frio é um convite para esse tipo de produto.
Na Leão Junior, empresa que detém 68% do market share nacional na linha seca e 50% na linha líquida, os chás de saquinhos respondem por 55% do faturamento da companhia. A concentração de consumo da linha seca está nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. As edições especiais de inverno como chás nos sabores doces de leite e chocolate com caramelo permanecem no mercado. No inverno, a venda da linha seca aumenta de 30% a 40% em relação aos outros meses do ano.
Na casa de chá The Kettle, localizada em Curitiba, os sabores mais procurados são o chá verde, o preto com aroma de amêndoas e os de frutas. ''As pessoas tomam chá aqui e ainda levam as ervas para fazerem em casa'', contou a proprietária Barbara Fingerle Ramina.
''O chá quente é o que mais vende'', disse. Quando abriu a casa há cerca de dois anos, a ideia era prolongar sua residência para um comércio. ''É como se eu fosse receber as pessoas na minha casa'', contou. Ela oferece aos clientes só chás importados da Alemanha da marca Gschwendner. Cada caneca da bebida custa a partir de R$ 4,80.
As irmãs Elisabete Tassi Teixeira, Eloisa Tassi Simioni, Eliane Tassi de Araujo com a mãe Ibaneza Tassi costumam se reunir com frequência para um chá. ''O chá envolve a conversa, o preparo, reaproxima as pessoas e aquece'', disseram Elisabete e Eloisa. A primeira gosta mais das versões fortes com gengibre a segunda de chás calmantes consumidos antes de dormir. Toda quinta-feira no final da tarde elas costumam se reunir na casa da mãe para o chá e trazem também as primas.
A professora de música Ana Maria Moro Zetola aprecia os chás verde, branco, de hortelã, de calêndula e os vermelhos. ''Às vezes, gosto de misturar ervas'', contou. Sempre que pode prefere optar pelo chá, por ser mais leve que o café.