Seu bolso

Bolsas em tecido: versáteis e para todos os bolsos

31 dez 1969 às 21:33

Item essencial na composição do visual de qualquer mulher, as bolsas estão cada vez mais versáteis. O mercado atende a diferentes estilos - e poder aquisitivo - de consumidoras. Longe das cobiçadas grifes internacionais que podem pedir mais de R$ 5 mil por um exemplar, as empresas que trabalham com bolsas que agregam características artesanais conquistam o público feminino que quer qualidade e quantidade. Por causa dos preços acessíveis, principalmente dos modelos em tecido, já é comum trocar de bolsa assim como se troca de roupa.

Com o preço de uma bolsa em couro, dependendo da marca, é possível comprar até cinco em tecido. O valor aliado à versatilidade dos modelos tem atraído as mulheres. ‘A cliente pode optar por um dos nossos modelos e escolher o tecido, pode pedir alterações nos detalhes e no tamanho ou ainda trazer um modelo que gosta para desenvolvermos’, explica Ana Paula Guidugli, que administra em Londrina a Anna Luna Bolsas e Acessórios, juntamente com a mãe, Silvana Guidugli.


O negócio nasceu há três anos motivado pela ‘paixão’ que a dupla tem por bolsas. ‘Nós duas juntas temos umas 80 em casa (para uso pessoal)’, revela Silvana. No início, era apenas uma loja para vender bolsas em couro. Mas logo as comerciantes perceberam um novo filão. ‘As pessoas começaram a pedir modelos em tecido. Foi aí que decidimos criar os nossos próprios produtos’, lembra Silvana.


Com quatro funcionários, a empresa produz hoje entre 250 e 300 bolsas por mês e vende no atacado e no varejo. Além de Londrina, a produção chega a outras cidades do Paraná e aos estados de São Paulo, Tocantis, Rondônia e Bahia. As bolsas feitas em Londrina também já foram parar no exterior pelas mãos de consumidoras locais que levaram alguns modelos para vender lá fora.


A empresa tem hoje mais de 100 modelos em brim, tricoline, veludo, lona e cetim. Todos forrados, com espaço interno para celular e, alguns, com muitos recortes. A maioria das bolsas é de tamanho grande, atendendo ao desejo de mulheres de todas as idades. Muitas vem com laços enormes ou flores que funcionam como broches, que também podem ser comprados avulsos.


Ao contrário da sobriedade do couro, as bolsas em tecido são coloridas e podem vir estampadas (floral, xadrez, listrada, de bolinha). ‘No inverno, a tendência é mais o veludo. No verão, as cores fortes e as estampadas’, diz Ana Paula. Nos mesmos tecidos, também são produzidas capas para notebooks, que levam plumante e reforço interno. Os preços das bolsas vão de R$ 45 a R$ 120.


A Aió Acessórios, também de Londrina, que trabalha no varejo e no atacado com bolsas em tecido, couro e sintético, acaba de colocar no mercado um modelo original que tem feito sucesso entre as mulheres. É uma bolsa em malha de biquíni, com acabamento em lona na parte interna, ideal para ir à praia ou usar no dia a dia. ‘É a criação nossa que mais tem saído. Este tipo de malha dá um caimento muito legal, fica uma bolsa diferente, franzida por fora e com estrutura interna bem espaçosa’, diz Leila Costa Quaglio, sócia-proprietária da Aió e responsável pela criação das bolsas.


Os modelos em tecido são feitos também em lona, veludo, tafetá, entre outros. A produção é industrial, mas mantém característica artesanal. O atendimento ao consumidor é personalizado. É possível alterar tecidos, cores, detalhes, mas não pedir modelos diferentes entre os 200 desenvolvidos pela empresa.


Segundo Leila, as bolsas hoje têm tamanho médio ao contrário das ‘big bags’ muito usadas no ano passado. Alguns modelos mesclam tecido, couro e material sintético. São coloridas, porém sem estampas florais. ‘Fazemos desenhos em matelassê, mosaicos em couro. Nossas peças são exclusivas’, diz.


Há três anos no mercado, a Aió tem produção média mensal de 500 bolsas, que são vendidas no Paraná, Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo e, principalmente na capital paulista. Os preços variam entre R$ 50 e R$ 60 (tecido), média de R$ 80 (sintético) e entre R$ 100 e R$ 120 (couro).


Estudante tem um modelo para cada dia do mês
  
A estudante universitária Heloisa Lepre Lopes é uma consumidora voraz de bolsas. Tem mais de 30 modelos e não para de comprar. ‘É o principal acessório de uma mulher. Com apenas uma bolsa, você pode montar um visual. No verão, por exemplo, é só jogar uma bolsa estampada que fica maravilhoso’, diz.


Heloisa tem modelos feitos em diversos tipos de materiais, mas prefere o tecido. ‘Além de estar na moda, é bem mais acessível. Pelo preço de uma bolsa de couro dá para comprar mais de cinco de tecido’, repara. Para a estudante, as bolsas dizem muito sobre a personalidade da mulher.

Com os modelos em tecido, ela diz que é possível variar bastante. ‘Troco de bolsa praticamente todo dia. Às vezes, até mais de uma vez no mesmo dia. Depende da ocasião, do estado de espírito. Por isso, prefiro as mais acessíveis’, observa. O máximo que a estudante pagou até hoje por uma bolsa (em couro) foi R$ 300.


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