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Mais baratos

Blu-ray no caminho da popularização

Gisele Mendonça/Equipe Folha
18 ago 2009 às 12:31

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Ail­ton Ma­ciel, pro­mo­tor de ven­da: ‘‘No­va tec­no­lo­gia permite vi­sua­li­zar os mí­ni­mos de­ta­lhes em um ­filme’’ - Marcos Zanutto/Equipe Folha
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Foi assim com as TVs de LCD, com os DVDs, com os notebooks, com as câmeras fotográficas digitais, entre outros. Agora, é a vez dos aparelhos de blu-ray - o sucessor do DVD - começarem a baratear. Desde a introdução da tecnologia no Brasil, no final do ano passado, os preços desses equipamentos já baixaram em média 30%. A maioria dos aparelhos está entre R$ 1,3 mil e R$ 1,5 mil, mas já é possível achar modelos a partir de R$ 800. Embora lentamente, as vendas crescem a medida que o produto se populariza.

Lançado em nível mundial pela Sony, em 2003, o blu-ray tem capacidade para gravar seis vezes mais informações (vídeo, áudio ou dados de computador) do que o DVD. Como os filmes gravados em blu-ray são em alta definição, o consumidor deve investir em uma TV à altura para usufruir da qualidade oferecida pela tecnologia.

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Alex Cereza, gerente da loja Bytec, em Londrina, explica que os aparelhos de blu-ray requerem uma TV Full HD (de alta definição plena). ''Com uma TV HD (de alta definição mais simples), tanto de LCD quanto de plasma, no mínimo, já vale a pena ter blu-ray. O problema é que você não vai ter 100% da qualidade de imagem que poderia ter ao assistir um filme em uma Full HD. Isso acontece porque o blu-ray possui resolução de 1.080 linhas progressivas enquanto um televisor HD tem 720 linhas progressivas'', afirma.

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Em relação ao DVD (480 linhas progressivas), a qualidade de imagem e som do blu-ray é nitidamente superior. Grande parte dos consumidores, porém, ainda desconhece os benefícios da tecnologia e as diversas marcas.

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''Algumas marcas genéricas utilizam equipamentos internos de qualidade inferior para baixar o preço final. O consumidor tem que analisar'', diz. Ele diz, por exemplo, que a duração do leitor ótico varia conforme o aparelho. ''Alguns duram mais, outros menos''. Os players de blu-ray, em geral, também reproduzem DVD. Todos vêm com cabo HDMI, que propicia a alta qualidade em imagem e áudio.


Quanto à procura, Cereza diz as vendas dobraram de dezembro de 2008 para cá. ''Hoje, qualquer home (theater) que vendemos, vai com blu-ray. E sem resistência (do consumidor)'', repara o gerente. Ele considera, no entanto, que a tecnologia só vai se popularizar quando a mídia ficar mais barata. Um filme em blu-ray custa em torno de R$ 100 e não é possível piratear (leia matéria nesta página).

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Outro ponto que dificulta a popularização dos players da nova tecnologia é a concorrência com o PlayStation 3, aparelho de videogame que também reproduz blu-ray.


Natal

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Paulo Sérgio Aversani, gerente de uma das lojas da rede Ponto Frio, em Lodrina, aposta numa alancada nas vendas neste final de ano. ''Este poderá ser o Natal do blu-ray, assim como o do ano passado foi do notebook'', arrisca. Por enquanto, as vendas crescem a passos lentos. ''Hoje sai um blu-ray para 40 DVDs'', compara.


O consumidor que chega para comprar uma TV de alta definição geralmente se interessa pelo blu-ray. Ailton de Oliveira Maciel, promotor de vendas de um fabricante, costuma abordar as pessoas nas lojas para divulgar a tecnologia. ''As vantagens são a qualidade da imagem com a melhor definição do contraste de cores, além da alta resolução de áudio. Em uma TV de LCD, por exemplo, o blu-ray minimiza as desagradáveis sombras'', aponta.

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Com a tecnologia, Maciel diz que é possível ver os mínimos detalhes em um filme. ''No Gladiador, por exemplo, com DVD você vê um bracelete no braço do ator e com blu-ray você descobre que ele está usando um relógio de pulso'', revela.


Filmes custam entre R$ 80 e R$ 100

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A Livrarias Porto em Londrina oferece filmes, musicais e documentários em blu-ray há cerca de um ano. Embora o público ainda seja limitado, as vendas triplicaram neste período, informa o gerente Leandro Cavichiolo. Ele diz que no início a loja recebeu meia dúzia de títulos e hoje estão disponíveis cerca de 40. A maioria custa entre R$ 80 e R$ 100. Há um ano, a média era R$ 130.


''É a grande tendência do futuro. Os preços (da mídia) devem baixar mais, assim como vem acontecendo com os aparelhos'', observa Cavichiolo. Ele afirma que alguns lançamentos em DVD já são simultâneos em blu-ray. Para quem gosta de clássicos, também há opções. Um box (com seis discos) que traz a série completa de Jornada nas Estrelas custa R$ 499.

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Há um ano trabalhando com locação de blu-ray, a Delta Megastore, em Londrina, tem cerca de 180 títulos. O funcionário André de Luca afirma que a inclusão da nova tecnologia acontece de forma lenta se comparada ao DVD. ''Chegamos a ter metade da loja com VHS e metade com DVD e com o tempo fomos substituindo'', lembra. Ele acha que o mercado ainda deixa a desejar em opções de títulos.


Qualidade de imagem e áudio atrai consumidor


  O empresário Julio Iriarte Estivariz tem um home-theater com blu-ray e projetor Full HD. ‘O conjunto propicia alta qualidade de imagem e áudio. É bem superior ao DVD’, diz. Quanto aos valores do aparelho e da mídia, ele não reclama.


  ‘É o preço que você paga pela qualidade superior’, observa. O empresário considera, no entanto, que a pirataria não vai demorar para chegar ao segmento. ‘No Japão já lançaram o blu-ray para copiar’.


  Ilson Romanelli, também empresário, investiu em um blu-ray quando comprou o seu home-theater no final do ano passado. ‘Eu ainda não conhecia a tecnologia, a loja me apresentou. Fiquei bem satisfeito. Diria que a qualidade de som e imagem é bem superior ao DVD’, conta.

  Romanelli gosta de filmes de aventura e costuma recorrer às locadoras. ‘Só que a opção de títulos ainda é limitada tanto para locar quanto para comprar’. Ele também considera o preço alto se comparado com o exterior. ‘Lá fora a tecnologia está bem mais difundida. Um filme em blu-ray nos Estados Unidos custa entre sete a dez dóla-res’, repara.


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