Embora a temperatura tenha voltado a cair nos últimos dias, as lojas que trabalham com ventiladores ainda comemoram as boas vendas proporcionadas pelo excesso de calor na primeira semana do mês. Em várias lojas, os estoques de ventiladores portáteis chegaram a zero em pleno calor acima de 30º C. O resultado é que muitos clientes deixaram de comprar o produto naqueles dias. No entanto, a oferta do produto já se normalizou em quase todo o comércio de Londrina.
A empresária Silvia Perin tem uma loja de ventiladores de teto e parede. Os de teto são mais usados em residências e os de parede no comércio, indústria e escolas. Ela diz que tradicionalmente janeiro é um mês bom para a venda de ventiladores, mas que este ano houve excesso de chuva e as vendas ficaram abaixo do esperado. Em compensação, as vendas de fevereiro já superaram todas as expectativas, passando de 60% do previsto. ''A gente estava com um estoque razoável, mas veio o calor muito forte e fomos pegos de surpresa''. Ela afirma também que, nessas circunstâncias, a indústria demora um pouco mais para atender as lojas, uma vez que os comerciantes de todo o País fazem pedidos de reforço quase que ao mesmo tempo.
Silvia diz que a loja vende o produto e instala em uma semana, mas tem havido uma certa dificuldade porque os consumidores estão com pressa e querem a instalação no mesmo dia. ''A gente entende o cliente e sabe que ele faz este tipo de compra de última hora porque pode achar que é supérfluo ou que não vai precisar do produto''. Ela sugere que, na medida do possível, os consumidores comprem seus ventiladores com antecedência até para terem mais opções.
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Um ventilador de teto hoje está na faixa de R$ 135 a R$ 200, dependendo do modelo e, de acordo com a empresária, tem uma série de vantagens sobre os outros. ''Ele não ocupa espaço, é usado como luminária e quando chega o inverno, a pessoa não precisa guardar embaixo da cama ou atrás do guarda roupa''.
O vendedor Mário Jorge da Conceição Oliveira comprou mais dois ventiladores de teto para seu apartamento. ''Na verdade, essa é uma alternativa que apenas ameniza o problema, já que o calor está insuportável''. Os ventiladores preferidos por Oliveira estavam na faixa de R$ 200 e o único problema, segundo ele, seria arrumar um eletricista para a instalação dos equipamentos de imediato porque na loja só haveria disponibilidade em uma semana.
A gerente administrativa Caroline Broggi tem ventiladores comuns e de teto em vários ambientes de sua casa, mas precisava de mais dois equipamentos para os quartos das filhas, de 2 e 5 anos. ''A combinação de muito calor e chuva causou o aumento de pernilongos, o que ficou muito complicado para as crianças'', afirma. Ela optou por ventiladores de teto por uma questão de segurança porque assim as meninas não colocam as mãos nas hélices.
Excesso de calor requer cuidados
O sol está forte, mas nem sempre é possível ficar na sombra. Por isso, a dermatologista Lígia Martin alerta para o uso obrigatório do filtro de proteção solar fator 30. Segundo ela, o correto é reaplicar o filtro a cada 80 minutos ou quando houver transpiração em excesso. A médica esclarece que o período mais crítico do dia, no horário de verão, ocorre entre 11 e 16 horas, quando há maior incidência dos raios ultravioletas, aqueles que causam o câncer de pele.
Segundo ela, a situação é preocupante porque, no começo deste mês, o índice de incidência da radição ultravioleta chegou ''ao pico''. Além do protetor solar, ela sugere também que as pessoas usem roupas leves e bebam bastante líquidos nos dias de calor mais intenso. ''São cuidados simples, que valem à pena, mas que as pessoas as vezes pessoas deixar de tomar e se esquecem'', comenta.
A dermatologista diz que não há tanta obrigatoriedade do uso de protetor solar no caso de caminhadas bem no começo da manhã ou no final da tarde. Mesmo assim, ela considera saudável o uso de óculos de sol, viseiras, boné ou chapéu. ''Deveria ser normal as pessoas andarem com chapéu porque o Brasil é um País tropical, mas ainda há muito preconceito neste sentido'', afirma.
Quanto aos ventiladores, ela esclarece que o equipamento ajuda a reduzir a sensação términa, proporcioando um certo alívio quando há excesso de calor, mas que não funciona como algo que reduz ou controla a incidência da radição ultravioleta.