A elevação do componente alimentos no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 0,31%, foi a menor registada desde março do ano passado, quando a inflação desse grupo chegou a 0,25%. O índice foi divulgado hoje (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Responsáveis pela alta dos preços nos últimos meses, os alimentos desaceleraram pela entrada da safra deste ano, estimada em 186 milhões de toneladas, e pela desoneração da cesta básica, explicou a coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos: "De abril para maio, o que se observou no IPCA foi uma brusca mudança de movimento para baixo, influenciada principalmente pelos produtos alimentícios".
Além do tomate, que passou de uma alta de 7,39% em abril para uma queda de 10,31% em maio, o açaí também contribuiu com a queda, passando de 3,79% para -8,53%. Apesar desse barateamento, no ano o primeiro acumula alta de 54,98%, e o segundo, de 47,77%. A cebola, que acumula a maior taxa do ano (67,22%) deixou uma alta de 10,96% no mês passado e fechou maio com queda de 2,69%.
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No ano, acumulam taxas negativas a carne (-3,08%), o arroz (-5,29%), o açúcar refinado (-12,79%), o óleo de soja (-8,82%), o açúcar cristal (-8,31%) e o café moído (2,61%).
Os alimentos são responsáveis por praticamente a metade do índice de inflação acumulada nos últimos doze meses, que é de 6,50%, o teto da meta estipulada pelo governo. No ano de 2013, os alimentos acumulam 5,98% de inflação, mais que o dobro do registrado no mesmo período do ano anterior, 2,56%.
Apesar da diminuição da inflação, alguns alimentos encareceram em maior proporção, como o feijão mulatinho, que apresentou alta de 16,58%, contra 7,76% em abril. Os derivados do leite também tiveram variações maiores em maio por causa da entressafra do produto.
Ainda que os alimentos tenham puxado a inflação para baixo no mês de maio, e a taxa continue a cair em junho, Eunice Nunes dos Santos explica que não é possível afirmar que haverá queda na taxa acumulada nos últimos doze meses no mês que vem. Como o valor de junho de 2012, que deixará a conta no próximo mês, é 0,08%, o resultado precisará ser igual ou menor do que isso para se manter no teto da meta de 6,5% ou abaixo dele. Pesarão para elevar as taxas os reajustes das passagens de ônibus, metrô e trens em São Paulo, de 6,75%, e de ônibus no Rio de Janeiro, de 7,75%, além de um resquício do reajuste de 11% que foi feito em Goiânia no mês passado e a elevação da taxa de água e esgoto em Belo Horizonte.