A produtora rural Lucélia Aparecida da Costa, de Jaboti, no norte pioneiro, será a representante paranaense na etapa final do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios (PSMN) 2023. Ela está entre as cinco classificadas para disputar um lugar no pódio na categoria Produtora Rural. A premiação será realizada no dia 5 de dezembro, em Brasília.
Para ela, estar entre as finalistas é gratificante. Lucélia se descreve como uma pessoa curiosa, que está sempre em busca de conhecimento e de ampliar a sua visão de mundo, e destaca a importância de parcerias, como a do Sebrae/PR e da Prefeitura de Jaboti, para o sucesso da gestão do seu negócio.
“Só de ser finalista já fico muito feliz. Vou a Brasília para estar perto de mulheres maravilhosas, prestigiar esse momento e vibrar muito, mesmo se não ganhar”, conta.
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A produtora deseja que sua história possa, de alguma maneira, servir de inspiração para outras empreendedoras do campo.
“Não é porque estamos na roça que não temos oportunidades. Os municípios têm parcerias e nós temos que correr atrás para trazer para as nossas propriedades e vidas pessoais o melhor. Temos que ter comprometimento, buscar o que não sabemos e aplicar na prática”, afirma.
A consultora do Sebrae/PR Liciana Pedroso diz que a premiação ratifica a relevância das mulheres frente aos negócios e inspira outras empreendedoras a investirem na gestão e inovação de suas empresas.
“É sempre válido reforçar que não existe diferença de gênero para o empreendedorismo, mas para os desafios que o empreendedorismo feminino enfrenta”, destaca.
Liciana lembra que as mulheres são a maioria da população brasileira e o empreendedorismo tem ganhado cada vez mais espaço na geração de renda.
“O Sebrae fomenta o empreendedorismo feminino por meio de programas específicos, que visam não só garantir uma gestão mais eficiente, mas também inserir as mulheres em posições de liderança nas suas empresas e na sociedade, para que elas tenham voz ativa e coloquem em debate os seus desafios enquanto empresárias”, pontua a consultora.
História
Vencedora paranaense na categoria Produtora Rural, Lucélia Aparecida da Costa deu uma guinada na vida profissional para empreender e retornar às origens. Ela morava em Curitiba, com o marido, quando comprou, em 2009, um sítio na sua cidade natal, Jaboti, norte pioneiro do Paraná. Com aproximadamente 12 hectares, na época, a atividade principal era o cultivo do café e o casal viajava a cada 15 dias para cuidar da plantação.
Durante a pandemia, o esposo perdeu o emprego e os dois decidiram voltar de vez para o interior do Estado. Foi aí que começaram a se dedicar ao cultivo do morango, ainda sem nenhuma experiência com a fruta. Eles buscaram conhecimento e fizeram cursos de capacitação, com o apoio do Sebrae/PR. Logo, os resultados começaram a aparecer. A conquista do selo de Indicação Geográfica do Morango (IG) para a região os ajudou a inserir o produto no mercado a preços diferenciados e competitivos.
Muitos sonhos foram realizados por meio do empreendedorismo, como a construção de uma nova casa para a família e outra para os pais de Lucélia. Hoje, o sítio possui uma produção diversificada, com rastreabilidade, e é a principal fonte de renda da família e de outras cinco pessoas que o casal emprega.